Os sindicatos que representam os servidores públicos estaduais realizam no próximo dia 13, às 14h, no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, uma assembleia unificada contra o pacotaço de maldades do governador José Ivo Sartori (PMDB), que foi enviado para a Assembleia Legislativa e se encontra em regime de urgência para ser votado até o dia 21. Com apoio da CUT-RS, a mobilização está sendo convocada pelo Movimento Unificado dos Servidores/RS.
Entre os projetos de Sartori estão a extinção de nove fundações e da Corag, a demissão de 1.200 funcionários concursados, o fim do plebiscito para fazer a privatização da CEEE, Sulgás e CRM, o escalonamento dos salários e o parcelamento do 13º dos servidores.
“Repudiamos essas medidas perversas, há muito tempo defendidas pelas federações empresariais, na visão de um estado mínimo para a população, mas sempre generoso com as elites econômicas”, afirma a secretária-geral da CUT-RS, Simone Goldschmidt.
Ex-presidenta do Cpers Sindicato, Simone alerta que “os servidores estão sendo duramente castigados pelo pacotaço e, para evitar a aprovação, é preciso dar uma resposta conjunta e contundente ao governo, a fim de aumentar a pressão sobre os deputados e as deputadas estaduais, para que votem contra esses ataques descabidos, que demitem e retiram direitos dos servidores, desmontam e privatizam estatais, prejudicando os serviços públicos e a sociedade gaúcha”.
Nenhum serviço público a menos
Sob a chamada “Nenhum serviço público a menos”, o Movimento Unificado dos Servidores do RS está distribuindo um material de convocação da assembleia, alertando para que ninguém caia na campanha da mídia manipuladora a favor do pacotaço.
“Todos os dias e o dia todo comentaristas de TV, rádio e jornal tentam convencer a população que não há saída senão demitir e privatizar. Eles escondem a verdade da população. Já fizeram isso para ajudar o governo Britto nas privatizações quando afirmavam que a venda das estatais e os PDVs (Programas de Demissão Voluntária) iriam tirar o Estado da crise”, alerta o panfleto.
O material apresenta cinco perguntas que não calam:
1) Por que Sartori não cobra os grandes devedores de ICMS?
2) Por que no pacotaço não tem nenhuma medida para combater a sonegação?
3) Quanto vai custar para os cofres públicos contratar na iniciativa privada os serviços dos órgãos que serão extintos?
4) Quem são as empresas que serão contratadas?
5) Por que o governador não se propõe a reduzir o número de cargos de confiança? Só no seu gabinete são 300 CCs!
Simone salienta a importância do comparecimento massivo dos servidores. “Contamos com a participação de funcionários e funcionárias da capital e do interior do Estado, pois é hora de mostrar unidade, força e capacidade de mobilização para barrar essa política neoliberal de Sartori e Temer”, ressalta a dirigente da CUT-RS.
Fonte: CUT-RS