Nov 27, 2024

Nova proposta da Petrobrás já nasceu morta

Novamente, a Petrobrás provoca os trabalhadores com arrocho salarial e redução de direitos. Já com os rentistas, a empresa não economiza. Só este ano, destinou cerca de R$ 90 bilhões para o pagamento da dívida, entre juros e o montante principal, em detrimento dos investimentos, que sofreram uma redução de 31% desde janeiro. 

Na reunião com a Petrobrás nesta quinta-feira, 17, a FUP deixou claro que os trabalhadores não pagarão essa conta e nem permitirão a privatização da empresa, que vem sendo acelerada a passos largos pela atual gestão.

Ameaças de punição na Regap

As representações sindicais denunciaram e condenaram as ameaças de punição que os trabalhadores da Regap estão sofrendo em função das mobilizações que realizam desde o último dia 10, contra o desmonte da Petrobrás e a PEC 55, que congela por 20 anos os investimentos públicos. A FUP afirmou que não aceitará punição contra qualquer petroleiro que exerça o seu legítimo direito de mobilização.

Conselho avaliará proposta

A proposta apresentada pela Petrobrás mantém 6% de reajuste retroativo a setembro e acena com mais 2,8% em março do ano que vem, sem retroatividade. Além disso, a empresa insiste em alterar cláusulas do Acordo Coletivo que só serão objeto de negociação em setembro de 2017. A FUP afirmou que essa proposta já nasceu morta.

As representações sindicais deliberaram no último Conselho da FUP que só negociarão com a Petrobrás o Termo Aditivo do Acordo Coletivo, que trata unicamente das cláusulas econômicas, pois todas as demais têm validade de dois anos. Propostas relacionadas à hora extra, jornada de trabalho ou qualquer outro item do ACT devem ser remetidas para as Comissões de Negociação, após o fechamento do acordo.

Amanhã, 18, o Conselho Deliberativo da FUP volta a se reunir para avaliar a nova proposta da Petrobrás e definir os próximos passos da campanha salarial. A reunião terá início às 14 horas.

Ato contra a privatização da Petrobrás nesta sexta

Também nesta sexta-feira, petroleiros de vários estados do país se manifestam contra o desmonte do Sistema Petrobrás, com um ato em frente à sede da empresa, no Rio de Janeiro, onde a gestão de Pedro Parente se reunirá com empresários para discutir a venda dos campos terrestres de produção. A concentração será às 07h no Edise.

FUP

Facebook