A CUT-RS e centrais sindicais promovem nesta sexta-feira (4), às 9h, uma plenária unificada para organizar o Dia Nacional de Greve e Paralisações, que será realizado no próximo dia 11 de novembro contra a retirada de direitos e em defesa do emprego e da Previdência. A atividade acontece no auditório do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário, na Rua Pinto Bandeira nº 513, no centro de Porto Alegre.
“Vamos preparar a mobilização no Rio Grande do Sul, buscando a participação de todos os sindicatos, para que possamos garantir a adesão de todas as categorias ao movimento”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
“A cada novo dia temos mais motivos para paralisar”, afirma, ressaltando as ameaças de desmonte da CLT, através do negociado sobre o legislado e do PLS 030/15, que tramita no Senado e prevê a terceirização sem limites. “Os golpistas querem rasgar os direitos trabalhistas, que foram tão duramente conquistados pela classe trabalhadora ao longo da história, o que precisamos impedir”
Nenhum direito a menos
O presidente da CUT-RS defende também a manutenção dos direitos previdenciários. “Temos que combater o mito do déficit da Previdência”, alerta. “Não existe déficit se for feito o que a Constituição de 88 manda”, enfatiza Claudir.
“Como se não bastasse, o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (PMDB) conseguiu aprovar em segundo turno na Câmara dos Deputados a PEC 241, que congela por 20 anos os gastos com saúde e educação, retirando dinheiro dos pobres do Orçamento, enquanto preserva a gastança com o capital financeiro”, enfatiza Claudir. Além disso, tramita também no Senado o PLP 257/16, que sucateia o serviço público e estimula as privatizações.
A defesa de uma escola sem mordaça e o repúdio à MP 746/16, que propõe sem qualquer debate a reforma do Ensino Médio, também estão na pauta das centrais, assim como a defesa do pré-sal e da Petrobras para evitar a entrega do maior patrimônio público do povo brasileiro às multinacionais estrangeiras.
“A mobilização pela defesa dos direitos é fundamental e o papel dos dirigentes sindicais é unir e despertar os trabalhadores para evitar qualquer retrocesso”, destaca.
STF julga terceirização
As centrais irão debater também o julgamento de uma ação que trata da liberação da terceirização, que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quarta-feira, dia 9 de novembro. ”Com uma só tacada, os ministros decidirão se é permitido ou não a terceirização nas atividades-fim”, alerta Claudir.
“Não podemos aceitar que toda e qualquer empresa terceirize todos os seus trabalhadores e trabalhadoras, o que causaria redução de salários e direitos, precarização do trabalho, mais acidentes de trabalho e desestruturação da organização sindical. Seria a volta dos tempos da escravidão”, aponta o presidente da CUT-RS.
Fonte: CUT-RS