A proposta rebaixada apresentada pela Petrobrás na última reunião, dia 16, revoltou e indignou os petroleiros. O reajuste de 4,97%, a substituição do auxílio-alimentação por vale-refeição, reajuste de 4,97% da AMS e do Benefício Farmácia, redução da remuneração das horas extras de 100% para 50%, e redução da jornada do administrativo de horário flexível, de 8 horas para 6 horas diárias, com redução de 25% da remuneração, entre outros itens.
Além disso, a Petrobrás insiste em descumprir pontos do acordo coletivo e compromissos assumidos com as entidades sindicais, como a implantação do ATS dos trabalhadores da Fafen-PR, a recomposição dos efetivos, a retomada do convênio com o INSS, o recálculo do BPO, entre outros.
Só a luta garantirá avanços
Frente à postura da empresa, está claro que será somente a luta dos trabalhadores e a disposição de realizar grandes manifestações que poderá garantir avanços na proposta.
Neste sentido, o Sindipetro-RS já está, desde o dia 26, realizando assembleias (veja tabela do SINDIPETRO-RS abaixo) para ratificar a rejeição a proposta rebaixada da Petrobrás, e para debater os próximos passos. Não está descartada uma greve nacional, caso a empresa não recue no seu pacote de maldades.
A pauta da assembleia é:
Referendar a Pauta de Reivindicações para o Aditivo ao Acordo Coletivo 2015/2017, aprovada na VI PlenaFUP;
Autorizar a FUP a estabelecer e conduzir o processo de negociação com a Petrobrás S.A. e Transpetro S.A. referente a Pauta de Reivindicações para o Aditivo ao Acordo Coletivo 2015/2017, aprovada na VI PlenaFUP;
Rejeição da proposta do Termo Aditivo ao ACT 2105/2017, apresentada pela empresa no dia 16/09/2016;
Aprovação do estado de greve;
Aprovação do estado de assembleia em caráter permanente;
Aprovação da operação “Para, Pedro!”, que constará das seguintes ações:
a) Seguir rigidamente todas as normas regulamentadoras;
b) Cumprir todos os itens constantes do SGSO da ANP;
c) Cumprir todos os procedimentos de segurança, da empresa, que não se contraponham aos itens acima citados.
A Operação reflete a angústia da categoria com as quase 20 mil demissões nos últimos dois PIDVs, cujas consequências podem ter um importante impacto na segurança dos trabalhadores.
A mobilização é o pontapé inicial na construção de uma greve nacional, que exigirá novas estratégias de luta da categoria.
Nova reunião dia 29
A partir de solicitação da FUP e seus sindicatos, uma nova rodada de negociação do Termo Aditivo do Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2017 já está agendada para o dia 29 de setembro, às 14 horas.
Neste encontro, além de cobrar uma nova proposta econômica e resposta para as pendências do ACT, a FUP quer um posicionamento da empresa sobre o Termo de Ciência e Responsabilidade que foi apresentado pelas direções sindicais na última reunião. O termo cobra o cumprimento na íntegra de todos os procedimentos de segurança previstos pelo Ministério do Trabalho e pela ANP, com a devida responsabilização dos gestores que assediarem ou incitarem os trabalhadores a descumpri-los.