Representantes da categoria petroleira ressaltaram a importância da luta em defesa do Pré-sal, da Petrobrás e da CLT - riquezas do país e conquistas dos trabalhadores que estão ameaçadas pelo governo golpista de miShell: “Todo o progresso no mundo do trabalho se deu por causa das lutas dos trabalhadores”, disse Dary, acrescentando que os empresários não pensam em modernização, pois defendem práticas de trabalho escravo.
Dary ressaltou que, para os petroleiros, esse golpe tem um fator a mais, que é a entrega do pré-sal para o capital estrangeiro. “Estão entregando a nossa riqueza. Temos petróleo suficiente para garantir uma boa vida para o povo brasileiro. Se entregarem nossas reservas, daqui a pouco teremos que importar petróleo. Podemos ser uma Noruega ou uma Nigéria, esses dois países tem reservas de petróleo, a Noruega não entregou sua riqueza, ao contrário da Nigéria”, comparou o dirigente.
provocações dos empresários, defendeu a CLT e a Justiça do Trabalho, protestou contra a reforma da Previdência, denunciou o golpe nos direitos e apontou a necessidade de construção da greve geral, durante o ato estadual unificado das centrais sindicais realizado na manhã desta terça-feira (16), em frente à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), na zona norte de Porto Alegre.
A atividade contou com a presença da CUT, CTB, UGT, Nova Central, Força Sindical, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas, marcando no RS o Dia Nacional de Luta e Mobilização da Classe Trabalhadora, aprovada em assembleia nacional das centrais ocorrida no dia 26 de julho, em São Paulo. Houve também mobilizações em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal.
Momento de união para construir a greve geral
Claudir parabenizou a união das centrais sindicais e defendeu a construção de uma greve geral. “Vamos olhar para o próximo período de grande defesa e resistência para garantir a maior greve geral da história,” salientou.
O presidente da CUT-RS ponderou que é necessário mobilizar e conscientizar ainda mais a população. “Essa agenda só vai funcionar se a gente conseguir desalienar a classe trabalhadora, que ainda está impactada pela manipulação da grande mídia que todos os dias mostra a pauta dos patrões”, criticou.
“Querem negar o direito de se aposentar”
Para a presidente do CPERS Sindicato, Helenir Schurer Aguiar, a união das centrais sindicais representa um “momento histórico” e é um passo necessário para a “conscientização dos trabalhadores” para tentar barrar os ataques aos direitos trabalhistas, à reforma da previdência e as propostas de privatização em nível federal e estadual.
Helenir rebateu os argumentos usados pelas federações empresariais de que a reforma da Previdência é necessária para modernizar a legislação e equiparar o Brasil aos movimentos que ocorrem em outros países. “Às vezes usam a França ou outro país para aumentar o tempo de aposentadoria. Se nós tivéssemos as mesmas condições de vida, a mesma idade para começar a trabalhar e o salário que temos na Europa, a gente poderia até discutir, mas aqui no Brasil a realidade é outra. Muitas vezes, os filhos dos trabalhadores já estão no mundo do trabalho aos 14 anos. Trabalhar dos 14 aos 70 anos é sugar toda a vida do trabalhador e negar a ele o direito de ter um momento de se aposentar e poder curtir a vida”, ponderou.