Com o tema "Defender a Transpetro é defender a Petrobrás e o Brasil", os trabalhadores da empresa encerraram na manhã do domingo (07/08), o II Seminário da Transpetro, com a elaboração da Carta de Compromisso de luta que será encaminhada para a categoria petroleira e a sociedade.
A Carta de Compromisso foi aprovada pelos representantes de diversos estados do país com 13 tópicos de luta, entre eles a defesa da Petrobrás Integrada e de todas as suas subsidiárias, a manutenção da Transpetro 100% Petrobrás, manter o Pré-Sal no Regime de Partilha e conscientizar os petroleiros da Transpetro sobre a importância de aumentar a sua participação nos Fóruns de Debate e nas direções dos Sindicatos, aumentando assim a força dessas entidades na luta pela Petrobrás Integrada.
Na Carta também ficou decidido que não será aceita a perda de nenhum direito dos trabalhadores, uma convocação de luta para manter viva a organização e a chama de resistência dos petroleiros, conforme deliberação da VI Plenafup. O documento prevê ainda uma campanha sobre o orgulho de ser petroleiro e a manutenção da Mesa Unificada do Sistema Petrobrás nas negociações do Acordo Coletivo.
Evento reuniu durante três dias, no Hotel Fiesta, cerca de 50 trabalhadores da subsidiária dos estados da Bahia, Pernambuco, Ceará, Amazonas, Caxias, Rio Grande do Sul, Norte Fluminense, Paraná, São Paulo e Espirito do Santo.
Na abertura, na noite da sexta-feira, 05, os coordenadores da FUP e do Sindipetro Bahia, José Maria Rangel e Deyvid Bacelar, fizeram uma análise de conjuntura, destacando os ataques que a Petrobrás vem sofrendo e a descontrução da imagem dessa grande companhia e de seus trabalhadores feita pela direita e pela
mídia.
No sábado, 06, os participantes fizeram uma análise da greve de 2015, apontando erros e acertos do movimento com o objetivo de resgatar e avaliar a história para fundamentar e enriquecer as lutas que estão para acontecer. Aconteceu ainda palestra sobre a “Importância Estratégica da Transpetro”, proferida pelo economista do DIEESE, Cloviomar Cararine.
O economista fez um relato da história da Transpetro desde a sua criação em 12 de junho de 1998 até hoje, citando dados financeiros e operacionais da empresa, que atua nas áreas de oleodutos e terminais, transporte marítimo e gás natural.
No segundo painel de debates, na tarde do sábado, 06, o assessor jurídico do Sindipetro Bahia, Clériston Bulhões, abordou a luta legal pela incorporação da Transpetro pela Petrobrás e discorreu sobre diversas possíveis ações que podem ser impetradas para barrar a venda da Transpetro.
Para participantes encontro foi positivo
Para o diretor da FUP e do Sindipetro ES, Davidson Lomba, o evento "ajudou a ampliar a conscientização dos trabalhadores para a importância estratégica e essencial da Transpetro para a sobrevivência da Petrobrás”. Segundo ele, “ficou claro que a venda da empresa vai gerar aumento dos preços dos derivados de petróleo, com impacto direto na economia do país".
A petroleira do setor de meio ambiente da Transpetro e diretora da CUT, Bete Sacramento, ressaltou que o evento "ajuda os trabalhadores a abrir os olhos sobre a importância da continuidade da soberania da Petrobrás, para garantir a manutenção dos empregos e o futuro econômico do país".
Para o trabalhador da Transpetro da Bahia, Carlos Marcelo, o encontro “foi uma oportunidade para discutir os caminhos que estão sendo tomados no cenário atual e também serviu para nos reconhecer como um todo dentro do Sistema Petrobrás e ainda afirmar o nosso papel político e social como cidadão e trabalhador”.
Já Vinicius Torezani, trabalhador da Transpetro do Espírito Santo, conta que resolveu participar do seminário em busca de informações, para entender o que está acontecendo e quais as projeções para o futuro. Vinicius trouxe muitas indagações, quis saber se a Transpetro realmente vai ser vendida e o que pode acontecer com seus trabalhadores. Diz que volta para a sua cidade com uma visão mais clara e “com a certeza de que a luta será difícil, mas necessária”.
Fonte – Imprensa Sindipetro Bahia