A CUT-RS e sindicatos madrugaram nesta segunda-feira (8) e realizaram a partir das 5h uma distribuição de panfletos contra a aprovação do PLP 257/16 para deputados e passageiros no terminal de embarque do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O projeto de lei, que desmonta o serviço público e privatiza estatais, tramita em regime de urgência na Câmara e pode ser votado nesta semana, diante da pressão exercida pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer.

“O PLP 257/16 prevê o alongamento das dívidas dos estados com União por até 20 anos e reduz o valor das parcelas em 40% por dois anos, em troca de contrapartidas que comprometem o presente e o futuro dos servidores e dos serviços públicos”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Temos que pressionar os parlamentares para desativar essa bomba contra os serviços públicos”.

A diretora da CUT-RS e do Cpers Sindicato, Sônia Solange, salienta que “entre as principais contrapartidas estão a redução das despesas públicas, como saúde e educação, a privatização de empresas públicas estaduais e a elevação do superávit para destinar mais recursos ao capital financeiro”.

“Além das áreas sociais, os servidores federais, estaduais e municipais serão duramente atingidos nos seus direitos, pois o projeto estabelece o congelamento dos salários, aumento da contribuição previdenciária e corte de parcelas da remuneração que não são vencimento”, salienta o diretor da CUT-RS, Marcelo Carlini. “Precisamos construir a greve geral para derrotar o desmonte do serviço público e defender os direitos dos trabalhadores”, aponta.

A secretária de finanças da CUT-RS, Vitalina Gonçalves, alerta que “o projeto impõe restrições à ação dos estados e municípios, prejudicando os servidores, os serviços públicos e o atendimento da população”. Para ela, o PLP 257 tem que ser rejeitado. “Exigimos o voto contrário de todos os deputados e deputadas do Rio Grande do Sul”.

Claudir ressalta ainda que o PLP 257 integra o conjunto de ataques de Temer aos direitos da classe trabalhadora, através de propostas como a reforma da Previdência, a flexibilização da CLT, a terceirização sem limites, a mudança na gestão dos fundos de pensão e o corte de verbas orçamentárias da Justiça do Trabalho. “Temos que mobilizar e unificar a luta dos trabalhadores e construir a greve geral para derrotar o golpe e evitar o retrocesso”, enfatiza o presidente da CUT-RS.

Participaram da manifestação dirigentes de vários sindicatos, como Cpers, Sinpro-RS, Spmg, Ceprol, SindBancários, Semapi e Sindsepe.

Fonte: CUT-RS