O petroleiros  da Refap paralisaram suas atividades por uma hora  na manhã desta terça-feira (02). Os trabalhadores são contra a venda dos Campos de Petróleo, uma estratégia entreguista do presidente interino da Petrobrás, Pedro Parente, e do presidente golpista miSHELL Temer. Os entreguistas colocaram à venda 104 concessões, com 98 delas produzindo. Elas estão divididas por cinco estados brasileiros: Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Espírito Santo.

Além disso, os gaúchos também reivindicaram a falta de compromisso do RH da Refap, que até agora não cumpriu o Acordo de Parada de Manutenção, deixando de processar as horas-extras dos trabalhadores. As mobilizações seguem nesta quarta-feira, na troca de turno.

O presidente do Sindipetro-RS conversou com os petroleiros e petroleiras, enfatizando a importância da participação dos trabalhadores nesta atual conjuntura: "o momento político é muito ruim. A nossa categoria precisa se envolver mais nas discussões do PL 4567, por exemplo, precisa esclarecer à sociedade o que tem por trás desse projeto de lei. A intenção do senador entreguista José Serra é aprovar esse PL, entregar a Petrobrás às empresas estrangeiras e acabar com o regime de partilha", disse o sindicalista.

 O objetivo do regime de partilha (lei 12.351/2010), aprovado durante o governo do ex-presidente Lula, era garantir que 50% do lucro com os royalties fosse destinados para um fundo social, de onde o governo tiraria recursos para aplicar em educação (75%) e saúde (25%).

Vale lembrar que as primeiras declarações do presidente interino da Petrobrás, Pedro Parente, foram: 1-Afirmar que a Petrobrás não precisa de recursos do governo. 2- Apoiar à revisão da Lei de Partilha, que retira a obrigatoriedade da Petrobrás ser operadora única e ter o mínimo de 30% em cada bloco dos investimentos na exploração do Pré-Sal; 3- a favor da venda de ativos.

Doação  

O desmonte da Petrobrás foi intensificado na última semana, dia 29 de julho. Pedro Parente "doou" a participação no bloco exploratório BM-S-8 para a norueguesa Statoil Brasil Óleo e Gás por US$ 2,5 bilhões (R$ 8,5 bi) em mais um passo do plano de desinvestimento e sucateamento da companhia. Esse campo de petróleo, no mínimo, renderia à Petrobrás R$ 22 bilhões, ao invés dos R$ 8,5 bi.