Nov 26, 2024
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Dia da Mulher Afro Latina-Americana e Caribenha

As mulheres negras estão morrendo. Entre os anos 2003 e 2013, houve um aumento de 54,2% do número de assassinatos das mulheres negras. Somente no ano de 2013, duas mil oitocentas e setenta e cinco mulheres negras foram mortas. Duas mil oitocentas e setenta e cinco. Esses dados podem ser encontrados no Mapa da Violência 2015 — Homicídio de Mulheres no Brasil, do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, e apontam que a violência de gênero também tem cor. Na contramão ao aumento de assassinato de mulheres negras durante a década estudada, um outro dado importante: o assassinato de mulheres brancas teve redução de 9,8%. Passou de 1.747 homicídios em 2003, para 1.576 em 2013.

 

E é exatamente por conta dessas estatísticas, resquícios de uma sociedade machista e racista, que dias como o Dia Internacional da Mulher Afro Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, são extremamente importantes no calendário de lutas. A data surgiu a partir do 1º Encontro de Mulheres Afro Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado na República Dominicana em 1992, e é fruto da luta das mulheres negras por um feminismo que tratasse também da questão racial.

Para a socióloga e militante do Coletivo Negrada, Eliane Quintiliano, é necessário dentro da luta do movimento de mulheres o recorte, tanto racial quanto social. “Precisamos especificar quem são essas mulheres que estão morrendo. Homogenizar só invisibiliza as mulheres negras”, aponta.

Uma política pública justa e democrática que dê um basta a violência de gênero, precisa levar em conta a diversidade de se ser mulher. Precisa levar em consideração os diferentes contextos em que essas mulheres estão inseridas, principalmente os grupos historicamente marginalizados.

 Fonte: Pulso Conteúdo

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