Nov 26, 2024
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A FUP não reconhece um governo golpista

O povo brasileiro acordou nesta quinta-feira, 12, com o país mergulhado em um golpe, que deixará cicatrizes profundas na nossa democracia. Apesar da notória arbitrariedade que versa sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Senado aprovou a sua admissibilidade por 55 votos contra 22. 

Sem cometer crime algum que desabone os 54 milhões de votos que recebeu dos eleitores brasileiros, Dilma foi ilegalmente afastada do cargo de presidente da República por senadores e deputados que respondem a processos na Justiça e nos Tribunais de Contas. Um julgamento ideológico e sem bases legais. Uma farsa montada pela mídia e pelos empresários, que jamais admitiram um governo de oportunidades para todos que luta por um país forte sem subserviência. Tudo com a conivência do judiciário.


O impeachment da presidente Dilma é mais um capítulo da luta de classes que sangra o Brasil há séculos. O objetivo dos golpistas é derrotar um projeto popular democrático que pela primeira vez colocou o povo pobre no centro da agenda nacional, com políticas sociais inclusivas e um programa de combate à fome que é exemplo internacional.


O golpe que assombra o mundo é contra os 36 milhões de brasileiros que foram retirados da linha de pobreza ao longo dos últimos 13 anos. O golpe é contra as conquistas sociais e os direitos dos trabalhadores. O golpe é contra um Estado forte e soberano.


O impeachment arbitrário instaurado contra a presidente Dilma é uma quebra institucional que terá consequências graves para a democracia. Mas tão perverso quanto isso, é o risco do país retroceder ao projeto conservador e excludente, que vem sendo rejeitado nas urnas desde 2002.


A FUP e os seus sindicatos, portanto, não reconhecem um governo sem legitimidade das urnas, que é resultado de uma conspiração golpista. Os petroleiros continuarão mobilizados junto com as demais categorias e os movimentos sociais em defesa da democracia e da soberania nacional. Seguiremos na luta por um Estado desenvolvimentista, onde a Petrobrás e o Pré-Sal sejam instrumentos de transformação social para o povo brasileiro.

 

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