Na manhã desta segunda-feira, 09, os petroleiros e as petroleiras da Refap deram uma demonstração de união e organização no movimento grevista. Os companheiros dificultaram todos os acessos à refinaria, criaram cartazes, simbolizaram a bandeira nacional e lotaram o piquete da resistência. Os fura-greves passaram pelo corredor da conscientização, pisando no tapete com as cores do Brasil.
Em conversa com os petroleiros, o presidente Maia falou da situação dos trabalhadores que ainda estão sob cárcere privado, desde o dia 01: “infelizmente este juiz não teve o mínimo de respeito aos seres humanos que estão presos. Se ele viesse olhar aqui de dentro a situação, ele iria enxergar pessoas deitadas junto a equipamentos, caixas de instrumentação, expostos ao ruído, ao pó, numa condição plenamente fora da realidade e do respeito ao ser humano. Infelizmente esse juiz não respeitou essas pessoas, mas respeitou as máquinas, só para garantir o funcionamento delas. Infelizmente, esperar algo da justiça é um erro, mas é um recurso. A justiça é para o grande capital e exploradores da mão de obra. Mas o nosso jurídico não desistiu, nós vamos insistir em cobrar uma solução do judiciário”, disse o presidente.
O representante da Federação dos Metalúrgicos do RS, Pedro Milton, esteve presente em apoio ao movimento: “O emprego de milhares de trabalhadores metalúrgicos depende do plano de investimento da Petrobrás. Parabenizamos um movimento inédito como este. Vocês poderiam apenas estar reivindicado o reajuste salarial, mas vocês resolveram fazer uma campanha mais ampla, com um propósito maior. Nós metalúrgicos devemos muito a vocês, por isso estamos junto nessa. Esta luta é heroica”, disse o metalúrgico.