Mais uma vez, os gerentes da Petrobrás usam a velha tática de tentar coagir e persuadir a categoria com mentiras, buscando esvaziar a greve nacional dos petroleiros, que pode ser deflagrada a qualquer momento. Em reuniões com os trabalhadores, eles alegam que a FUP não tem pauta de reivindicações, o que é uma mentira. Um dos principais pontos da pauta é a mudança na política de SMS. E esses mesmos gerentes que mentem são os principais culpados pela insegurança, que, só este ano, já matou 16 trabalhadores.
O fato é que as gerências estão bastante incomodadas com a luta da FUP para impedir o desmonte da Petrobrás e as milhares de demissões que o Plano de Gestão e Negócio já está gerando na companhia. E não poderia ser diferente. Muitos deles são amigos dos ex-diretores da empresa presos na Operação Lava Jato, dos quais eram subordinados. São os mesmos que construíram no passado metas de crescimento da Petrobrás que agora desprezam e se arvoram em desfazer, defendendo o encolhimento da empresa.
Sem falar que muitos gestores que hoje desdenham do PT há um tempo atrás se vangloriavam das promoções recebidas neste mesmo governo. Alguns, inclusive, construíram carreiras meteóricas, saindo de Gerente Setorial para Gerente Executivo, em um vôo sem escala.
São esses mesmos gerentes que agora fazem discursos moralistas e mentem para a categoria. Parecem chuchu, legume que tudo pega gosto, dependendo do ingrediente e da receita do cozinheiro. Da mesma forma que mentira tem perna curta, trabalhador sabe reconhecer de longe um chuchu, seja ele legume ou gerente.