A luta contra a terceirização continua
Representações da CUT-RS, CTB-RS e NCST realizaram uma vigília no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na manhã desta quarta-feira, 22, contra o PL 4330/04, que regulamenta a terceirização. A atividade que iniciou às 5h reuniu cerca de 300 pessoas e tinha como objetivo pressionar os deputados gaúchos que embarcam para Brasília durante este horário. Está previsto para essa semana que os parlamentares vão analisar e votar os destaques do PL.
Durante o ato, os dirigentes dialogaram com a sociedade para esclarecer os perigos que a terceirização representa para a classe trabalhadora. Entidades como AMATRA, ANAMATRA e até mesmo o TST já se manifestaram contrárias ao projeto por ser inconstitucional e se configurar num ataque aos direitos trabalhistas previsto na CLT.
Segundo o vice-presidente da CUT-RS, Marizar Melo, a atividade foi bastante positiva e o objetivo foi atingido. “Conseguimos abordar e pressionar os deputados, alguns paravam para conversar conosco ou com a imprensa explicando sua posição”, relatou.
O dirigente também destacou a participação dos sindicatos filiados à CUT que estão mobilizados na luta contra a terceirização, esclarecendo as categorias do retrocesso que o 4330 representa.
Na última quarta-feira, 15, o “Dia Nacional de Paralisação Contra o PL 4330”, convocado pela CUT e outras centrais sindicais, mobilizou trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias que deram uma resposta à Brasília, mostrando que não aceitarão a terceirização.
A pressão popular surtiu efeito e na Câmara, diante do recuo de muitos parlamentares, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), teve que adiar a votação dos destaques do PL 4330. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), imediatamente foi aos microfones dizer que por lá o projeto não será aprovado.
Fonte: CUT-RS