Integrante do MAB fala da articulação entre setores internos e empresas estadunidenses. Objetivo seria criar condições políticas para que se inicie processo de privatização e entrega das reservas de petróleo.
A crise internacional do petróleo deve intensificar a ofensiva externa para que o Brasil privatize a Petrobrás e o pré-sal. Segundo Gilberto Cervinski, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), desgastar a imagem da estatal é uma forma de criar condições políticas para que isso ocorra.
A Petrobras é alvo de investigações da Polícia Federal, que apura esquema de corrupção envolvendo políticos e donos de empreiteiras. Os desdobramentos levaram a prisão de mais de vinte pessoas.
Cervinski destaca a posição estratégica ocupada pelo país quando o assunto é a questão energética. Ele alerta para a necessidade de as forças populares defenderem a empresa, que é essencial para a garantia do desenvolvimento do país.
“O ataque ao Brasil para privatizar a Petrobras e privatizar o pré-sal ele vai se intensificar. Os Estados Unidos as reservas de petróleo são baixíssimas e é o maior consumidor mundial. E ele praticamente está fora controle do pré-sal. Uma parcela dos setores da sociedade articulada com as empresas estadunidenses vão querer forçar a entrega do petróleo e a privatização da Petrobrás.”
Recente pesquisa do Ibope divulgada em setembro, mostrava que 59% dos brasileiros são contrários à privatização da Petrobras. O percentual aumenta entre os que têm ensino superior chegando a 70%.
Em recente nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) apontou que as denúncias de corrupção na Petrobrás estão diretamente relacionadas com o intenso processo de terceirização em curso na estatal. Segundo a FUP, isso ocorre desde os anos 90.
Fonte: Radioagência BdF