Nov 25, 2024
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Quem disse que lugar de mulher não é na construção civil?

O sábado, 25, foi de dicas na área da construção civil para as mulheres do Sindipetro-RS. Reunindo mais de 50 participantes, entre elas petroleiras da ativa, aposentadas, pensionistas e dependentes, o Sindicato promoveu na Delegacia Sindical de Canoas a Oficina Cimento & Batom, um projeto da ONG Mulheres em Construção.

Antes dos trabalhos iniciarem, ainda pela manhã, o presidente Fernando Maia saudou todas as participantes: “o mercado esta cada vez mais aberto para as mulheres na construção civil, e isso, com certeza, é um avanço. Esperamos que essa oficina possa esclarecer muitas dúvidas e que contribua na solução dos reparos domésticos”. A diretora de Formação Sindical, Miriam Cabreira, agradeceu as companheiras presentes e chamou para iniciar os trabalhos.

As participantes foram divididas em cinco grupos: cerâmica, alvenaria, pintura, elétrica e hidráulica. Os professores e técnicos da empresas parceiras da ONG explicavam na teoria os detalhes e os cuidados na hora da compra de algum produto, ou na preparação para os trabalhos. Depois das explicações, as mulheres colocavam em prática os aprendizados, esclarecendo com os especialistas as dúvidas que surgiam durante as atividades. O professor do Senai, responsável pelo módulo de alvenaria, disse que o interesse das mulheres nas aulas é maior que o dos homens: “A mulher quer aprender, por isso é mais fácil dar aula, não tem mulher desinteressada. Isso é gratificante para um professor”, concluiu.  O responsável pelo módulo de hidráulica, o engenheiro de assistência técnica da empresa Tigre, Eduardo Abelim, ficou surpreso com o interesse feminino: “essa é a primeira vez que eu participo da Oficina e estou surpreso com o interesse das mulheres. Estou acostumado a realizar palestras para o público masculino, e o que me espantou neste sábado foi a espontaneidade das meninas, até as perguntas das mulheres são mais inteligentes que as dos homens”.

A presidente da ONG Mulher em Construção, Bia Kern, explicou que a ONG foi criada em 2006, como curso de formação para mulheres na construção civil. Desde então mais de 4000 já foram beneficiadas pelo projeto. A oficina Cimento & Batom surgiu em 2011, com o objetivo de ajudar as mulheres nos pequenos consertos domésticos. “as mulheres estão cada vez se destacando mais nessa área, e o mercado de trabalho é muito positivo. Tem histórias de mulheres que trabalhavam como carroceiras ganhando uma miséria e após a realização do curso profissionalizante elas passaram a ter uma renda mensal superior a R$ 4 mil”, disse a presidente e fundadora da ONG. Quem tiver algum interesse em outros cursos, podem mandar um e-mail para  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

A opinião das participantes:

 

Livia Machado Costa – Ativa do Adm – Comunicação da Refap (neta de petroleiro, filha e petroleira)

“Adorei! Foi excelente a ideia de trazer o curso. Eu já tinha ouvido falar, mas nunca tive a oportunidade de fazer. Quando eu recebi o Folder eu fui correndo ligar para me inscrever. Agora já vou chegar em casa e consertar o registro do meu chuveiro e ajudar a minha amiga a pintar a casa dela. Há pouco tempo contratei um pintor que fez um serviço mal feito, fazendo eu perder dinheiro. Agora eu já sei que o segredo na hora de pintar uma parede é que devemos passar o selador antes da tinta”.

Viviane Silva da Costa – ativa turno – laboratório

“Foi uma bela iniciativa do Sindicato. Muito produtivo! Os módulos de cerâmica e pintura foram o que eu mais gostei. Espero mais oficinas nesse segmento, quem sabe de mecânica?”

Luci Fagundes – aposentada

“Achei ótima essa ideia, ela deve se repetir. Espero mais oficinas para as mulheres, tenho interesses em jardinagem”

Marisa Rodrigues dos Santos – pensionista

“Nós precisamos nos renovar para renovar em casa. Sugiro mais oficinas como essa ligadas a estrutura do lar. Adorei essa troca de experiência, a confraternização, e as novas amizades, além de todo o aprendizado. Valeu muito a pena. Se tiver outras, estarei aqui”.

Alice Treméa e Laura Treméa (irmãs de 16 e 19 anos) - dependentes

“Nós não sabíamos nada dessa parte da construção. O que foi interessante pra nós é que eles ensinaram as quantidades necessárias para evitar os desperdícios e é o que geralmente acontece quando caímos em mãos de maus profissionais. Aprendemos algumas coisas que não teríamos como aprender em casa, sem ajuda, e que na verdade faz parte do nosso dia a dia. Está tudo muito organizado, os professores e os instrutores estão de parabéns.”

 

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