Um informe divulgado hoje (20), pelo Sindicato de Comissões Operárias (CCOO – sigla em espanhol), aponta que o número de trabalhadores em situação de pobreza e exclusão social na Espanha é de 12,3%, ou seja, um em cada três trabalhadores. O índice só é melhor dos que os apontados na Grécia (15,1%) e Romênia (19,1%).
O informe, que faz parte de um estudo denominado “Pobreza e os trabalhadores pobres da Espanha”, foi elaborado pela Fundação 1º de Maio (que pertence ao CCOO) e motivado pela celebração do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
O estudo explica que a pobreza no país incide com maior intensidade entre os trabalhadores com filhos, os autônomos, os jovens, os que possuem contrato temporário, além daqueles com menos de um ano de trabalho ou com baixo nível de formação.
Em 2012, por exemplo, os trabalhadores com contrato temporário, que se encontravam abaixo da linha da pobreza, correspondiam a 16,2% dos trabalhadores ocupados no país. Já os jovens correspondiam a 12,4% (superando a taxa média registrada pelos demais jovens europeus, de 11%). Por sua vez, os empregados com menos de um ano de serviço eram de 20,2% em comparação ao 17,3% de toda União Europeia.
Por fim, o estudo explicita que hoje em dia a existência de trabalhadores pobres na Espanha é uma realidade que vai mais longe. Cerca de 740 mil casas não possui qualquer tipo de renda e apenas 44% da população com idade de trabalhar está empregada.
Brasil de Fato