Baleeira cai e petroleiros relembram Enchova
Durante um teste de carga da baleeira na plataforma P-35, no último dia 19, os freios não atuaram e ela foi ao mar. Segundo informação, a baleeira passou por manutenção no dia 30 de agosto, passou apenas por um teste de navegabilidade e foi liberada para utilização. Por sorte, não havia ninguém dentro da mesma e nenhum trabalhador foi ferido.
Cerca de 30 anos depois do Acidente de Enchova, que vitimou trabalhadores após a queda de uma baleeira, esses equipamentos continuam não tendo sua devida importância levada em conta na hora de uma manutenção. Nesta quarta-feira, 24, a plataforma passará por uma inspeção da Marinha.
Operador de Cherne morre, após passar mal e ser atendido por videoconferência
Também na sexta-feira, 19, o Técnico de Operações Pleno de PCH-2, Jorge Antônio Tomaz, morreu, após passar mal a bordo da plataforma e ser atendido por videoconferência. O trabalhador embarcava há vários anos na plataforma e retornou de mais uma folga no último dia 17. No dia seguinte,18, pela manhã, ele apresentou um quadro de enjoos, fez um atendimento com o médico de terra por videoconferência e foi liberado em seguida. Na sexta, 19, desmaiou no banheiro da plataforma e foi levado à enfermaria, onde o médico, novamente por videoconferência, decidiu pelo desembarque com resgate aeromédico. Ao chegar em Macaé, ainda no aeroporto, sofreu um infarto, não resistiu e faleceu. As informações foram repassadas ao sindicato pelo SMS da UO-BC.
Para a FUP e o Sindipetro-NF, toda a circunstância da morte precisa ser esclarecida, apurando o desenrolar dos acontecimentos desde o embarque do trabalhador, especialmente o primeiro atendimento e as condições do resgate. A entidade sempre criticou de forma veemente os atendimentos à distância que são realizados nas plataformas.
Fonte: FUP, com informações do Sindipetro-NF