Confira a entrevista com o presidente Fernando Maia da Costa
Mais de 200 convidados participaram da cerimônia de Posse da diretoria eleita para a gestão 2014-2017. O evento aconteceu nesse domingo, dia 01 de junho, no CEPE, em Canoas.
Reeleita para mais um mandato à frente do Sindipetro-RS, a Chapa 1 – Unidade Petroleira, venceu a eleição realizada entre os dias 15 e 17 de abril, numa clara demonstração de que a categoria vem aprovando o trabalho realizado nesses últimos três anos.
Eleito para o seu segundo mandato consecutivo à frente do Sindipetro-RS, o presidente Fernando Maia da Costa deu uma entrevista ao jornal Papo Direto. Maia, falou da importância da participação da categoria, das lutas do Sindicato, do compromisso com os trabalhadores e os inúmeros desafios que o Sindicato e os petroleiros terão pela frente.
Confira a entrevista:
Papo Direto - A categoria elegeu a Chapa Unidade Petroleira para novamente estar à frente do Sindicato pelos próximos três anos. O que representa essa vitória?
Maia: Em primeiro lugar queremos agradecer cada voto e a confiança delegados à chapa 1. Sabemos da responsabilidade que significa receber cada um destes votos e da esperança que cada um depositou nesta gestão sindical. Esta vitória significa a consolidação de uma proposta de trabalho, onde os associados e associadas puderam avaliar entre uma gestão e outra. Dar continuidade a este trabalho aumenta ainda mais a nossa responsabilidade e fortalece o nosso compromisso de continuar lutando pela categoria petroleira, em favor de melhores condições de trabalho, por saúde e segurança dos trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas, bem como pela grande empresa que é a Petrobrás.
P.D - A próxima gestão vai trabalhar com uma renovação no quadro de diretores. Em que atribui à importância dessa nova liderança?
Maia – O processo de renovação, nas direções sindicais, é fundamental para estarmos sempre alinhados com a opinião e os anseios da categoria. Promover novos representantes faz com que cada vez mais pessoas entendam o significado estar à frente nas lutas, por vezes, ver o quanto os outros esperam e cobram de um dirigente e o quanto custa para conseguimos avançar nas conquistas. Para nós, a ampliação do número de representantes das áreas se constitui num desafio, pois entendemos que para termos representatividade precisamos ter pessoas dos mais diversos setores e conseguimos ampliar consideravelmente a distribuição de diretores. Também buscamos contar com uma maior representação feminina na diretoria, afinal a quantidade de mulheres na categoria é crescente e vemos que a participação delas está cada vez mais qualificando as discussões, abrindo novas perspectivas e ampliando a visão sindical.
P.D - Que desafios tu apontarias para os próximos três anos de mandato?
Maia - Os principais desafios que se apresentam são a política do PROCOP, que reduz cada vez mais os investimentos em manutenção, e da redução de pessoal. O PIDV, que a Petrobrás aposta como forma de reduzir os custos via demissão voluntária, vem contra toda a política de cobranças de melhoria nos resultados. Mantendo o mesmo ritmo de produção, com um número menor de trabalhadores e trabalhadoras, com menor investimento em manutenção cada vez mais potencializa o risco de graves acidentes. O Sindipetro-RS e todos os sindicatos filiados à FUP já estão cobrando providências à presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, mas por ser um ano eleitoral onde o processo de realização de concursos e contratação fica mais limitado, devido a lei eleitoral, temos muito receio do que pode acontecer nos próximos meses.
P.D - De que maneira os trabalhadores podem, de fato, contribuir para estas lutas?
Maia - Um Sindicato basicamente é o reflexo de sua categoria. O que move o Sindicato é o apoio e a participação dos trabalhadores e trabalhadoras. Se há uma grande participação nas assembleias, reuniões, seminários, demais atividades promovidas pela Entidade, fatalmente haverá retorno nas negociações. Aumentar o número de associados, que é outro grande desafio, mostra à Empresa que a gestão sindical é forte e representativa. Além disso, estamos ampliando os nossos canais de comunicação com a categoria, pelas redes sociais ou através do link “Denúncia”, recém criado, os trabalhadores têm maior possibilidade contatar com o Sindicato, dando opiniões, fazendo críticas e participando ativamente da vida da entidade.
Mas nenhum meio é mais eficiente e direto do que o contato direto com o dirigente sindical. Temos vinte diretores e seis conselheiros fiscais, que são o Sindicato, vivo e presente, em cada área operacional e este é o principal canal de comunicação que todos devem utilizar. Cada um destes representantes está disponível para ouvir, ser consultado e cobrado da ação da entidade no local de trabalho.
P.D - Quais as principais bandeiras de lutas do Sindipetro-RS para os próximos três anos?
Maia – Bem, são muitas as bandeiras e bastante desafiadoras, fora as já citadas, temos lutas a travar contra o desmantelamento do sistema AMS, que a empresa vem deixando muito a desejar na administração. O benefício farmácia, que deve ser melhorado e ampliada sua abrangência. A luta constante contra a terceirização desordenada por que passa a empresa, incluindo aí a disputa que estamos travando no Congresso Nacional, contra o PL-4330 e os demais projetos que possibilitam a terceirização que precariza o trabalho. Fundamentalmente a Petros que estamos buscando a muito tempo solucionar as pendências acordadas no AOR e muitos outros problemas que verificamos na administração da Fundação e dos planos administrados. E, olhando para o “umbigo” da entidade, assumimos o compromisso de, durante nosso próximo mandato, readequarmos a estrutura da nossa entidade, predial e administrativa. São, como disse, bandeiras desafiadoras mas que com a disposição desta nova diretoria e da categoria, poderemos avançar.
P.D - Que recado gostaria de deixar a categoria petroleira.
Maia – Primeiro, muito obrigado pela confiança! Tenham certeza de que faremos o que estiver ao nosso alcance para cada vez mais levarmos a nossa categoria no caminho das conquistas.
Segundo, comuniquem os problemas, consultem nas dúvidas e cobrem, de todos os nossos Diretores sobre a ação sindical, pois dificilmente os Diretores liberados terão condições de estar em todos os locais de trabalho. Muitas vezes os problemas acontecem e não ficamos sabendo dos fatos, logo em seguida somos cobrados, mas sequer sabemos o que aconteceu, então não deixem passar! Estamos aqui para trabalhar para e pela categoria petroleira.
Por último, a nossa tradicional “deixa”: A luta continua, sempre! Contem com a gente!