Centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, organizações populares e partidos políticos do campo da esquerda se mobilizaram ao longo dos últimos dias para relembrar as atrocidades da ditadura militar, homenagear os que resistiram e lutaram contra essa barbárie e exigir justiça e reparação. A FUP e seus sindicatos participaram das manifestações e atos políticos que marcaram esta semana os 50 anos do golpe civil-militar em diversas capitais do país. Por longos 21 anos, a ditadura violou direitos constitucionais, prendeu, torturou e matou milhares de brasileiros e brasileiras pelo país afora. Ainda hoje várias vítimas continuam desaparecidas.
A classe trabalhadora e suas organizações foram o principal alvo dos militares e das elites que apoiaram e financiaram o golpe. O operariado e os camponeses eram a base de sustentação do presidente João Goulart, deposto pelos militares, com apoio dos Estados Unidos, da mídia, dos empresários e de setores conservadores do país, em retaliação às mudanças em curso no seu governo, o qual tachavam de sindicalista. Um dos últimos decretos assinados por Jango foi a encampação das refinarias privadas de petróleo, que acabou virando o estopim para a reação das elites que apoiaram a ditadura civil-militar.
A FUP distribuiu no dia 31 de março uma edição especial do Primeira Mão sobre os 50 anos do golpe militar e seus impactos e reflexos na classe trabalhadora. A íntegra pode ser acessada na internet: www.fup.org.br/revista_50_anos_dogolpe/
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