Nov 24, 2024
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Insegurança na Petrobrás: Procop faz novas vitimas na Rlam

No rastro dos acidentes que colocaram recentemente em risco os trabalhadores da Reman, Repar, Reduc e Regap,  mais uma ocorrência grave acende a luz vermelha para a política de insegurança no Sistema Petrobrás.  Esta semana, dois acidentes seguidos atingiram os trabalhadores da Rlam (Bahia) que atuam na parada de manutenção da Unidade de Craqueamento Catalítico Fluído (U-6). Na última quinta-feira, 12, um trabalhador da Mills sofreu queimadura de segundo grau nas pernas ao ser atingido por um jato de vapor, durante a perigosa "purga" da unidade.

Na sexta-feira, 13, mais dois trabalhadores foram vítimas de um incêndio de médias proporções na torre fracionadora (E-621) da U-6. Um caldeireiro da empresa Estrutural sofreu queimadura no rosto e deslocamento do omoplata, após ter caído de uma andaime com mais de 2 metro de altura, onde realizava suas atividades. O acidente também atingiu um técnico de segurança que atuava na emergência e acabou se ferindo.

Segundo o Sindipetro-BA, os acidentes são resultado de uma série de atropelos gerenciais para realizar a toque de caixa uma parada de manutenção em um prazo exíguo de apenas 20 dias, quando o necessário seria, no mínimo, 60 dias. "Por conta da pressão sobre os trabalhadores para concluir a parada o mais rápido possível, o serviço no flange do raquetão da torre fracionadora foi feito às pressas, sem uma adequada análise dos riscos ali presentes", revela o diretor do sindicato, Deyvid Bacellar.

A insegurança nas refinarias se agravou ainda mais com o Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop) e o Mobiliza, que evidenciam a cada dia os efeitos perversos da política de redução de investimentos em manutenção de equipamentos e contratação de trabalhadores. As refinarias são cada vez mais atingidas pela insegurança crônica que se alastrou por todo o Sistema Petrobrás, apesar dos constantes alertas e cobranças do movimento sindical por mudanças estruturais no SMS.

FUP

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