Nov 24, 2024
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Conquistas e desafios das mulheres é tema do 2º Encontro Sul de Mulheres Petroleiras

No último sábado, 23 de novembro, o Sindipetro-RS foi sede do 2º Encontro Sul de Mulheres Petroleiras, onde trabalhadoras de todo o país se reuniram para discutir estratégias  de organização e luta.  

O evento abriu com a palestra da socióloga Helena Bonumá, coordenadora técnica do Núcleo de Violência, Segurança e Direitos Humanos da GUAYÍ. Na ocasião, Helena apresentou uma linha do tempo da mulher, desde os primeiros indícios envolvendo o gênero feminino: “A história da humanidade tem 5 bilhões de anos e nem sempre a mulher teve um papel subordinado na sociedade. Por isso, está mais do que na hora de se impor. Os movimentos sociais, os sindicatos, os espaços de encontros entre as mulheres, são fundamentais. Mas é muito importante que saibamos levar essa pauta aos homens, para que eles estejam por dentro da luta”, concluiu a socióloga.

A economista, especialista em relações de trabalho e gênero, Marilane Oliveira Teixeira, também painelista do Encontro, explanou sobre a reforma política e seus avanços: “No total de cargos eletivos, 13% são ocupados por mulheres brasileiras. Três elementos são considerados centrais da reforma política: enfrentar o poder econômico, combater o oportunismo e sub-representação.  

Anacelie Azevedo, coordenadora do Coletivo de Mulheres da FUP, apresentou a situação da mulher petroleira.  São quase 10 mil trabalhadoras em todo o Sistema Petrobrás, representando 15,6% da categoria. O avanço de 2003 para 2012 foi de 119%. Apenas 5% dessas mulheres estão na diretoria dos sindicatos.

O Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras foi criado em 2012, durante a III PlenaFUP, em Porto Alegre, com o objetivo de criar pautas específicas para o ACT. As conquistas após a criação do Coletivo foram importantes. Nesse ano o ACT garantiu avanços significativos. Anacelie destaca:  Licença Paternidade ,Auxílio-Creche/Acompanhante , Extensão da Licença Maternidade – Parto de Prematuro,  Garantia à trabalhadora grávida ou que esteja amamentando do trabalho em áreas fora de risco, Diária Hospitalar de Acompanhante para parturientes , Auxílio Cuidador PAE , Auxílio Cuidador da Pessoa Idosa , Movimentação de empregados e Preservação Familiar,  Condições de Segurança e Saúde Ocupacional – EPIS sim e NR-24 não!

Em seguida, a presidente da CNQ, Lucineide Varjão Soares, falou sobre os eixos de atuação da CNQ e as ações da secretaria das mulheres, que tem o objetivo de ampliar a participação das trabalhadoras nos espaços de representação: “Precisamos fortalecer ou incentivar a criação de secretarias ou Coletivos de Mulheres nos sindicatos; organizar calendário de visitas da secretaria de mulheres nas regiões, envolvendo as mulheres do Coletivo da CNQ; garantir nas atividades e eventos sindicais infraestrutura e creche para aos filhos das trabalhadoras; garantir no Programa Formaquim debate sobre temas relacionados a mulher trabalhadora”, enfatizou a presidenta.

Encerrando os ciclos de palestras sobre as conquistas e desafios das mulheres, a representante da Marcha Mundial de Mulheres, Claudia Prates, detalhou o trabalho do movimento social: “A Marcha veste todas as mulheres, incorpora todas as bandeiras e lutas desse gênero. Em todos os lugares tem meninas e mulheres sofrendo o sexismo e a misoginia. A Marcha Mundial das Mulheres participa juntamente com a CUT e CNQ para justamente fortalecer a luta das mulheres petroleiras”, completou a militante.

No final todas as participantes encerram o encontro brindando a participação no evento.  

 

 

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