Os trabalhadores da Petrobrás e subsidiárias estão rejeitando a proposta apresentada pela empresa e aprovando greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira, 17. As assembleias já foram concluídas no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia e Espírito Santo com aprovação massiva dos indicativos da Federação Única dos Petroleiros (FUP). No Amazonas, as assembleias terminam nesta terça-feira, 15, mas os resultados parciais de aprovação da greve não têm como ser revertidos. Nos demais estados do país, as assembleias prosseguem até quarta-feira, 16, e os resultados parciais também apontam a aprovação dos indicativos da FUP.
Além de uma nova proposta de Acordo Coletivo, os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, que está previsto para acontecer no próximo dia 21, e a retirada de votação do Projeto de Lei 4330, em tramitação na Câmara dos Deputados, que trata da regulamentação da terceirização.
Desde o dia 02, os petroleiros estão acampados junto com os movimentos sociais, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pressionando o governo a cancelar a licitação do Campo de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos. Na próxima quinta-feira, 17, data indicada para o início da greve, haverá mais uma grande manifestação nacional contra o leilão de Libra, com marchas e mobilizações em vários estados do país.
Nos últimos meses, os petroleiros têm realizado uma intensa campanha junto com as centrais sindicais e os movimentos sociais para impedir que o governo privatize o campo de Libra. No aniversário de 60 anos da Petrobrás, no último dia 03, a categoria realizou uma paralisação nacional de 24 horas,em protesto contra o leilão. Além disso, os petroleiros têm participado de atos e manifestações públicas, denunciando os riscos à soberania e os prejuízos que a nação brasileira terá caso Libra seja ofertado às empresas privadas.
Outro ponto central da greve dos petroleiros é a retirada de tramitação do Projeto de Lei 4330, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos históricos da classe trabalhadora. Soma-se a isso a luta por avanços na campanha reivindicatória, que mobiliza a categoria há dois meses, sem avanços por parte da Petrobrás. No último dia 07, a empresa apresentou uma proposta que está sendo amplamente rejeitada pelos trabalhadores.