Ao longo da semana, a FUP e seus sindicatos distribuíram nas bases um boletim especial feito em conjunto com os químicos e metalúrgicos, denunciando os riscos da exposição ao benzeno. Essa é uma luta que passou a ter ainda mais visibilidade desde que 05 de outubro passou a ser o Dia Nacional de Luta Contra a Exposição ao Benzeno. A data foi celebrada pela primeira vez no ano passado e, entre outros objetivos, visa divulgar entre os trabalhadores a importância do cumprimento do Acordo Nacional do Benzeno, que vem sofrendo sucessivos ataques por parte da Petrobrás.
O dia 05 de outubro foi criado pela Comissão Nacional Permanente de Benzeno (CNPbz) em homenagem ao operador da RPBC, Roberto Krappa, que morreu nesta mesma data, em 2004, vítima de leucemia mieloide aguda, em consequência da exposição ao benzeno. Krappa trabalhou durante 11 anos na refinaria sem saber que seu organismo estava sendo contaminado por uma substância altamente cancerígena. Silenciosa, a doença o separou da esposa e de seus dois filhos num intervalo de apenas 22 dias. Sua história se tornou símbolo da luta dos petroleiros contra a tentativa da Petrobrás em querer impor limites de tolerância ao benzeno em suas unidades.
FUP