Petroleiros da FUP e dos seus sindicatos filiados participaram na quarta-feira, 04, da Solenidade de Posse da nova direção da CNQ-CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico), realizada no auditório do Sindicato dos Químicos de São Paulo. Lucineide Varjão Soares foi reeleita e assume a presidência da Confederação ao lado de lideranças representativas do ramo químico do país.
Composta de 40 integrantes, a diretoria assume a gestão 2013-2017 com o compromisso imediato de priorizar a Pauta da Classe Trabalhadora e colocar em prática o Plano de Lutas aprovado no VII Congresso da categoria. A secretaria geral passa a ser ocupada pelo diretor da FUP, Itamar Sanches, que é também coordenador do Sindipetro Unificado-SP.
Outros quatro petroleiros foram também eleitos para a nova direção da CNQ: Cibele Vieira (Sindipetro Unificado-SP), que integra a Secretaria de Formação; Silvaney Bernardi (Sindipetro-PR-SC), que passa a ocupar a Regional Sul; Cairo Correa (Sindipetro-NF) continua na Setorial Petróleo e Gildásio Ribeiro Souza (Sindipetro-BA) na suplência. O Sindquímica-BA (filiado à FUP) também está representado na nova direção, através de José Pinheiro Almeida Lima, na Setorial Petroquímica e Fertilizantes, e de Carlos Itaparica, na Suplência .
Passados 21 anos de história, a CNQ-CUT marca a sua maioridade política com a eleição da primeira mulher presidenta da entidade. “Eu venho lá do sertão, aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar. E como sertaneja, do sertão da Bahia, não posso negar essa minha história. Estou aqui e essa é uma responsabilidade coletiva. Todos nós trabalhamos para formar uma chapa com unidade. E conseguimos construir uma diretoria com todas as forças políticas que existem no ramo químico porque queremos definir uma política para a classe trabalhadora. Contamos com uma renovação de 57% nos cargos de direção e com a quota de mulheres alcançada”, discursou Lucineide.
Prestigiada pelo movimento sindical, e no calor das mobilizações contra o PL 4330, a posse contou com representantes de várias entidades e sindicatos parceiros que destacaram a luta contra a precarização e contra os leilões do petróleo. José Lopez Feijóo, assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, pontuou: “Gostaria de parabenizar a CUT que conseguiu com mobilização impedir a votação do PL 4330 e ajudou a colocar o Brasil na rota da inclusão social. Estamos crescendo e gerando empregos”.
João Antônio de Moraes, coordenador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), reforçou a convocação nacional: “Parabenizo a todos em nome da Federação. Nesse momento, estamos construindo a unidade de ações. Para quem acha que não temos a luta de classes, temos um enfrentamento importante pela frente. Em nome da produtividade, os empresários estão dispostos a tudo! Por isso, amanhã é dia de luta contra os leilões do petróleo. O leilão é uma questão econômica e o petróleo é uma questão de soberania nacional. Vamos defender o nosso petróleo”.
Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT Nacional, resgatou a trajetória da Central para apontar o futuro: “Gostaria de dizer aos novos, que assumem a direção da CNQ, que estamos diante de um momento especial. A CUT está completando 30 anos de existência. Não foi uma tarefa fácil. Vamos continuar em Brasília na batalha do PL 4330 porque a Central completou 30 anos fazendo o que sabe fazer de melhor: são as mobilizações. E os químicos do Brasil inteiro foram importantes nesse processo. A gente sabe fazer a luta, sabe se mobilizar e a nova diretoria terá vários desafios no próximo período. Hoje, temos uma sociedade mais exigente. O povo quer mais, quer escola melhor, quer saúde melhor, quer transporte melhor. A gente está vendo o mundo do trabalho em transformação. Por isso, fico feliz pela qualidade dos dirigentes que estão aqui assumindo a Confederação”.
Para finalizar, Lucineide reforçou a luta pela paridade e convocou a direção da CNQ-CUT para fortalecer a Pauta de Lutas da Central: “A filósofa Marilena Chauí esteve ontem conosco e veio nos provocar [uma reflexão]. Assim, gostaria de agradecer os dirigentes sindicais, autoridades e representantes do macrossetor industrial aqui presentes. E sobre o macrossetor, gostaria de lembrar: estamos realizando várias atividades em conjunto e, quando tomamos decisões, procuramos realizar projetos enquanto classe. A paridade é outra questão importante para todo o movimento sindical. A mulher deve estar em todos os lugares porque ainda temos espaços muito machistas. Por isso, vamos para as ruas, temos que estar presentes porque também somos atores desse movimento. A mobilização contra os leilões, por exemplo, não é uma luta só da FUP, é uma luta de todo o Brasil em defesa do seu petróleo. Assim, vamos trabalhar juntos, intensamente, porque precisamos daqui a 4 anos ter muitas respostas para os sindicatos e para todos os trabalhadores”.
CNQ