A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs um reajuste de 6,1% aos bancários de todo o país. O índice apresentado hoje (5) deve ficar abaixo da inflação medida pelo INPC nos últimos 12 meses, que é estimada em 6,22%. Os bancários reivindicam, além da reposição da inflação, aumento real de 5%.
De acordo com nota divulgada há pouco pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, haverá assembleia na próxima quinta-feira (12) e, se a proposta não mudar, a categoria entrar em greve a partir do dia 19.
As entidades sindicais observam que o setor financeiro apresentou lucros recordes no primeiro semestre de 2013. Os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander) alcançaram resultado de R$ 29,1 bilhões, ante R$ 24 bilhões no mesmo período do ano passado.
Os representantes dos trabalhadores denunciam, também, o elevado índice de adoecimentos no ramo financeiro devido a uma combinação de acúmulo de trabalho, volume de pressão por metas e déficit de pessoal. Por isso reivindicam mais contratações para melhorar a qualidade do atendimento, com abertura de agências das 9h às 17h, dois turnos de trabalho e jornada diária de cinco horas.
“Os bancários estão sofrendo com as metas que adoecem os trabalhadores. Modo de gestão que leva os clientes a ter de comprar produtos desnecessários. Os bancos não apresentaram nada para mudar essa realidade”, disse Juvandia Moreira, presidenta do sindicato. “Foram mais de 21 mil bancários afastados no ano passado, sendo mais de 50% por transtornos mentais e doenças como LER/Dort, causados por um ritmo de trabalho estressante e abusivo.”
Entre os itens reivindicados estão ainda piso salarial no valor de R$ 2.860, participação nos lucros ou resultados de três salários base mais um parcela adicional fixa de R$ 5.553,15 e valorização dos vales refeição e alimentação (um salário mínimo, R$ 678,00).
Rede Brasil Atual