Dezenas de dirigentes de entidades sindicais cutistas bloquearam os dois sentidos da Av. Guilherme Schell e o sentido Canoas/Nova Santa Rita da BR 386 entre as 6h às 9h Desta sexta-feira, 30. Na outra parte da manhã, os militantes realizaram um ato público na entrada da Expointer. O objetivo era protestar contra o PL 4330, que pode deixar sem limites a terceirização em nosso país. A atividade integrou o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, chamado pelas centrais sindicais.
A pauta da classe trabalhadora é pela derrubada do PL 4330, sobre terceirização; 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salário; fim do fator previdenciário; valorização das aposentadorias; reforma agrária; suspensão dos leilões de petróleo; transporte público e de qualidade e a reforma política.
Em acordo com o Comando de Operações Especiais (COE) da Brigada Militar, o Sindicato concordou em alternar o bloqueio entre total e parcial de cinco em cinco minutos. O bloqueio parcial acabou funcionando como pedágio, pois os dirigentes entregaram o boletim intersindical explicativo sobre as pautas da greve.
O PL 4330 – da Terceirização
Além de diversas mobilizações contra a aprovação do PL 4330 no Congresso Nacional, a CUT participou de várias rodadas de negociação na mesa quadripartite formada pelas centrais, empresários, governo e parlamentares. Porém, não houve avanço em pontos fundamentais para a garantia de direitos dos trabalhadores/as, já que o empresariado e o relator do PL, o deputado Artur Maia (PMDB-BA) continuam intransigentes e querem impor a terceirização ilimitada.
A última rodada da mesa de negociação será no próximo dia 2 de setembro, em Brasília.
A CUT reafirma sua posição contrária à terceirização de qualquer atividade e exige a responsabilidade solidária da empresa contratante, o direito à informação prévia de setores que serão terceirizados e de representação sindical aos terceirizados.
País de primeira não pode ter emprego de terceira- Entre os vários impactos que o PL trará às relações de trabalho e para os trabalhadores, vale destacar que o terceirizado: recebe salário 27% menor que o contratado direto; tem jornada semanal de 3 horas a mais; permanece 2,6 anos a menos no emprego do que um trabalhador contratado diretamente;a rotatividade é maior – 44,9% entre os terceirizados, contra 22% dos diretamente contratados; e, a cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre os trabalhadores terceirizados.
Assessoria de Comunicação Social – STIMMMEC, com informações da CUT Nacional