O que deveria ser fato corriqueiro e civilizado, reuniões de lideranças dos trabalhadores com bancadas patronal e do governo sobre as questões relacionadas ao agente tóxico benzeno na indústria do petróleo, petroquímica e siderurgia, “vira” conflito permanente.
Em Salvador desde a terça (13\8), a Comissão Nacional Permanente do Benzeno\CNPBz visitou a RLAM na quarta (14\8), fez reuniões na Fundacetro na quinta e encerra a visita nesta sexta (16\8), com plenária final.
Como ocorrido ano passado, a Petrobrás não atende as reivindicações do movimento sindical quanto à legislação do benzeno, minimiza a gravidade da integridade das instalações da Refinaria, ameaça a saúde dos trabalhadores diante da exposição ao benzeno, produto comprovadamente cancerígeno, bem como continua praticando sonegação fiscal ao não recolher o GFIP corretamente para os trabalhadores expostos ao benzeno. Na foto, a mesa (bancada dos trabalhadores) que dirigiu os trabalhos na Fundacentro.
A estatal rasga as Normas Regulamentadoras e moderna legislação do Benzeno, contrata caríssimas assessorias para contestar as acusações e recorre das multas e interdições, como já ocorrido na RLAM.
A bancada do governo, formada entre outros por auditores do Ministério do Trabalho e Emprego\MTE e técnicos do Ministério Previdência Social, Ministério da Saúde, Fundacentro, Fiocruz e INSS, reconhece os riscos existentes no ambiente de trabalho e em todas as reuniões oficiais recomenda correção de rumos. Fala ao vento.
Justamente por essa cobrança mais contundente dos trabalhadores e governo pelo respeito à vida e saúde dos trabalhadores, através do cumprimento da legislação de segurança e medicina do trabalho, membros da bancada patronal a serviço dos donos do capital ofendem e ironizam pessoas e o trabalho das outras bancadas e ameaçam pela segunda vez saírem da Comissão pelo fato de seus interesses financeiros não serem atendidos.
Despreparo e agressão verbal
O senhor Mário Sérgio, lobista da indústria siderúrgica, agrediu verbalmente o coordenador geral da CNPBz e da bancada do governo, Luiz Sérgio, ironizou e menosprezou os trabalhadores presentes na reunião.
O senhor Valmir fez o mesmo. Também representante da indústria siderúrgica, saiu da reunião aos “berros” por três vezes, depois de ofender com gritos e palavras torpes os membros do governo e bancada dos trabalhadores.
A senhora Ana Cláudia, médica do trabalho da Petrobrás, se irritou quando foi denunciado que alguns integrantes da bancada patronal são submissos e extrapolam na defesa do capital, negligenciando a vida e a saúde dos trabalhadores.
Sindipetro-BA