O pólo de distribuição de combustíveis de Passo Fundo, formado pelas empresas Petrobrás, Raizen e Ipiranga, que também é a administradora, foi interditado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e voltará a abastecer postos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina assim que as exigências forem atendidas, o que ainda não tem prazo para ocorrer.
A principal delas é a contratação e capacitação de técnicos para operarem as bombas e abastecer os caminhões-tanque. O grupo de auditores constatou que este trabalho vinha sendo feito pelos motoristas dos caminhões que buscavam combustível no local, porém sem segurança, conhecimento ou proteção. Cerca de 300 caminhoneiros por dia estavam tendo contato com produtos químicos como o benzeno, que causa sonolência, pouco antes de partir em viagem.
A distribuidora também deverá colocar um sistema de recuperação de vapores, alterar o modelo de carregamento dos caminhões para que seja feito pela lateral do veículo, adequar o programa de gestão, oferecer o controle médico dos profissionais que têm contato com produtos químicos, além de adequar as plataformas de bombeamento e o sistema de segurança contra queda. Segundo o auditor Luiz Scienza, a interdição será revertida somente quando o risco imediato for solucionado e os operadores contratados.
A distribuidora, a maior do Estado, abastece postos do RS e SC, foi denunciada pelo Sindilíquida, o sindicato dos trabalhadores do setor de transportes. A interdição pode impactar no fornecimento e no preço do combustível. O levantamento está sendo feito pelo Sulpetro, que representa os postos de combustíveis.
Rádio Gaúcha