Com a categoria mobilizada de norte a sul do país, a FUP e seus sindicatos protocolaram no último dia 06 a pauta de reivindicações dos trabalhadores do Sistema Petrobrás. A primeira reunião de negociação com a empresa será na quinta-feira, 15, quando serão discutidas reivindicações referentes a benefícios, AMS, Petros e Anistia.
Os petroleiros abriram a campanha reivindicatória com atrasos e paralisações nas bases, no mesmo dia em que as centrais sindicais realizaram manifestações conjuntas contra o PL 4330. A FUP cobrou da Petrobrás e subsidiárias a antecipação da inflação acumulada desde setembro do ano passado, cuja estimativa é de 6,6%, com base no ICV/Dieese.
Também foram cobradas as pendências do último acordo que ainda não foram resolvidas pela Petrobrás, como a implementação do fundo garantidor dos trabalhadores terceirizados, o cumprimento de uma série de compromissos e cláusulas acordadas em relação ao SMS, a apresentação da proposta de regramento das PLRs futuras, além de questões relativas à Petros, registro de frequência e acordos jurídicos (cláusula 167).
Calendário de negociação
A FUP propôs para os próximos dias 15 e 16 as primeiras reuniões de negociação para defesa e esclarecimento da pauta, mas a Petrobrás alegou dificuldades em sua agenda em relação ao dia 16. A proposta da empresa é de que a primeira rodada de reuniões ocorra nos dias 15, 19, 26 e 28 de agosto, a partir das 14 horas. Veja abaixo o que será tratado em cada reunião:
Entre as principais reivindicações dos petroleiros estão 5% de ganho real, condições seguras de trabalho, recomposição dos efetivos, melhoria dos benefícios, igualdade entre trabalhadores próprios e terceirizados. Acesse aqui a íntegra da pauta de reivindicações
Greves na Repar e na Bacia de Campos
A abertura da campanha reivindicatória dos petroleiros já começou quente, com duas importantes greves nas bases da FUP. Na terça-feira, 06, durante o Dia Nacional de Luta, os trabalhadores da Repar (Paraná) cortaram a rendição dos turnos por 24 horas, exigindo aumento do efetivo. Estudo realizado pelo Sindicatopetro-PR/SC revela a necessidade de contratação de cerca de 500 novos trabalhadores. Apesar da refinaria ter sido ampliada, seu efetivo próprio hoje é de 900 petroleiros.
Na Bacia de Campos, os trabalhadores das plataformas também pararam por 24 horas. A greve teve início à zero hora desta sexta-feira, 09, para pressionar a Petrobrás a pagar para todos os petroleiros os reflexos das horas extras do repouso remunerado. A greve contou com a participação de 41 plataformas e foi o segundo movimento dos petroleiros da região nos últimos 15 dias. No dia 25 de julho, petroleiros de 40 plataformas atenderam à convocação do Sindipetro-NF e pararam por 24 horas pelo pagamento correto do repouso remunerado.
FUP