O 11 de julho, Dia Nacional de Lutas, foi um dia histórico para a classe trabalhadora brasileira. A quinta-feira foi repleta de atos promovidos por sindicatos na capital e em diversas cidades do interior. Desde a madrugada, trabalhadores de diversas categorias foram para as ruas paralisar empresas e garagens de ônibus. Os manifestantes também bloquearem estradas: 23 rodovias tiveram o tráfego interrompido ao longo do dia, no Rio Grande do Sul.
Somando à convocação, e dando exemplo de uma categoria forte e unificada, os petroleiros gaúchos aderiram ao Dia de Luta. O Sindipetro-RS bloqueou as entradas da Refinaria e os trabalhadores se uniram para protestar pelas Bandeiras de Luta defendidas pela categoria petroleira, principalmente pela derrubada do PL 4330, a suspensão dos leilões de petróleo e os 10% do PIB para a educação. Os trabalhadores terceirizados se uniram ao movimento e pararam com as obras das novas unidades. Foram bloqueados os dois lados da BR que da acesso à Refap. No Tedut, em Osório, a paralisação dos trabalhos também aconteceu na entrada do ADM. O presidente Fernando Maia da Costa ressaltou esse dia histórico: “O dia de hoje foi muito importante, marcado pela unificação e pela luta dos trabalhadores, independente de sindicatos e centrais sindicais”, disse Maia.
Na parte da tarde, o Sindipetro-RS se uniu as demais categorias, no Centro de Porto Alegre. Caminhadas que vieram de vários pontos da cidade finalizaram o ato público na Praça Glênio Peres. O presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo, ressaltou a importância da concretização da pauta reivindicatória dos trabalhadores. “Precisamos derrotar o PL 4330, sobre terceirização; investir 10% do PIB para a educação e 10% do orçamento da União para a saúde; reduzir a jornada de trabalho para 40h semanais sem redução de salário; acabar com o fator previdenciário; valorizar os aposentados; fazer as reformas agrária e política.”
Nespolo avaliou como positiva as ações do Dia Nacional de Luta. “É uma data histórica, pois os trabalhadores organizados e unificados pararam o país, mexemos com os poderosos e a sociedade ouviu a nossa pauta”, declarou ele.