Nov 24, 2024

Sessenta e dois anos: um desafio!

Fernando Maia*

 

Desde 1953 a luta entre duas visões, os que defendem a abertura do setor petrolífero à iniciativa privada, nacional e estrangeira, e outro, que deseja o monopólio estatal do petróleo, tem sido a grande disputa.

Nas décadas de 50, 60, 70 e 80 a Petrobrás, incorpora e constrói as refinarias RPBC/RECAP/REVAP (SP), RLAM (BA), Reduc (RJ), Lubnor (CE), Regap(MG), Refap (RS), SIX (PR), REPLAN (SP) REPAR (PR) e da REMAN (AM), cria a BR Distribuidora. Mesmo com a crise do petróleo, investe na exploração, no nordeste e sudeste, intensifica a exploração no mar e são descobertos grandes campos no RJ, destacando-se Albacora, e se consolida na produção de derivados.

90, a década perdida! No desmonte das empresas estatais, a Petrobrás não escapa, redução de investimentos e pessoal, a empresa entra em degradação, desastres e acidentes ambientais e é quebrado o monopólio do petróleo.

2000, tentam transformar em Petrobrax, fatiar e vender, ou trocar ativos, como a Refap, com a Repsol, derrotamos!

Entra na produção de biocombustíveis e de energias renováveis. Passa a produzir mais de 2,5 milhões de barris por dia. Chega à camada do pré-sal, inicia a produção em tempo recorde. Recebe três vezes Prêmio OTC, por desenvolvimento e pesquisa em águas profundas.

Mas os entreguistas não dão trégua! Vem a crise internacional do petróleo, queda de US$ 140 para US$ 50 o barril, aliada a descoberta de um cartel de corruptos e corruptores, na direção da Petrobrás, possibilita a retomada das ações contundentes contra a empresa e a soberania nacional, com Serra (PSDB-SP), com o PLS-131/15, e Mendonça filho (DEM-PE), com o PL-6726/13, a ofensiva não para.

Em nossa campanha reivindicatória, temos de combater todas essas ações entreguistas, além dos posicionamentos da direção da empresa e, diante da passividade do governo, se for o caso, barrar, como em 1995, a tentativa de fracionamento da empresa e a retirada de direitos dos trabalhadores.

DEFENDER A PETROBRÁS, É DEFENDER O BRASIL!

(*) Fernando Maia da Costa é presidente do Sindipetro-RS.

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