Nov 28, 2024

Com habeas corpus, CUT enfrenta ditadura de Cunha na Câmara

A CUT permanece em Brasília para pressionar os parlamentares na Câmara dos Deputados frente  aos projetos que podem retirar direitos trabalhistas, dentre os quais o PL 4330, que permitirá a terceirização sem limites, e as Medidas Provisórias 664 e 665 que versam, entre outros pontos, sobre pensão por morte, seguro-desemprego e abono salarial.

Nesta quarta (13), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, concedeu habeas corpus para garantir a entrada de toda a direção executiva da Central Única dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados. Essa decisão permitirá que o presidente da Central, Vagner Freitas, e os dirigentes da CUT acompanhem as votações dos projetos e pressionem os deputados dentro da Casa. O pedido foi feito ontem à noite.

Isso ocorre frente a uma conjuntura acirrada em que a chamada Casa do Povo tem ficado cada vez mais distante daqueles a quem deveria abrir as portas. Presidida pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), este tem feito de tudo para restringir a circulação de parte do movimento sindical, especialmente dos que se posicionam contrários aos interesses dos patrões.

Para Freitas, as atitudes do presidente da Câmara são uma afronta aos trabalhadores. “Embora queiramos exaltar o habeas corpus, é um absurdo uma executiva da maior Central sindical do país ter que entrar com uma recurso jurídico para ter acesso à galeria do povo. Mostra que o Brasil precisa se levantar contra Eduardo Cunha, esse ditador. Mais do que caráter jurídico, a medida é política para garantir a democracia”, afirma o presidente da CUT Nacional.

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Fonte: CUT

"Apesar de tudo que se diz, situação da Petros ainda é favorável", afirma atuária

Embora o balanço da Petros ainda não tenha sido auditado pelo órgão fiscalizador, a Previc, na noite dessa terça-feira, dia 12, o relatório anual de 2014 foi apresentado para categoria pela atuária do Escritório Rodarte Nogueira, Mariana Custódio.

 

Segundo Mariana, o balanço não foi enviado por causa de uma mudança na legislação, que prevê uma nova data e  não por má gestão da previdência. A Petros tem até 31 de julho para apresentar e após este procedimento, terá mais 30 dias para fazer a divulgação e dar conhecimento aos participantes e assistidos. Até o ano passado, a data limite para a divulgação era 30 de abril (saiba mais)

 

A atuária fez uma contextualização histórica da Petros no Sistema Petrobrás, relembrando o Acordo de Obrigações Recíprocas (AOR), que levou à repactuação. Na sequência, mostrou gráficos sobre  a atual situação dos Planos Petros I e II. E, no encerramento, fez uma análise comparativa com outros fundos de pensão. Ficou claro, que ao contrário do que a grande imprensa quer passar sobre a Petros, levando a crer que o fundo está em crise, essa não é a verdade. "Apesar de tudo que se diz, a situação da Petros  ainda é favorável", afirmou a atuária.

Sindipetro/MG

 

Eduardo Cunha barra luta da CUT na Câmara dos Deputados

A votação de projetos na Câmara dos Deputados que retiram direitos trabalhistas – PL 4330 (projeto de lei que permite a terceirização sem limites) e MPs 664 e 665 (medidas provisórias que restringem o acesso ao auxílio doença, pensão por morte, seguro-desemprego, abono salarial) – revelou um parlamento em sintonia com os interesses dos empresários e agressivo à democracia. 

Presidida pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a chamada Casa do Povo ficou cada vez mais distante daqueles a quem deveria abrir as portas e lançou mão de artifícios para restringir a circulação de parte do movimento sindical, especialmente aquela fatia que se posiciona contrária aos interesses dos patrões.

Com Cunha, a distribuição de senhas aos partidos de acordo com o tamanho das bancadas tornou-se praxe para dificultar ainda mais o acesso da classe trabalhadora ao parlamento. 

“Isso é ilegal e imoral. A representatividade deve estar garantida nas eleições, não para o povo que quer se manifestar, sob pena de cercearmos a democracia e diminuirmos as vozes que não concordam com a postura ditatorial que o senhor Cunha tenta impor na Câmara. Fora as distorções que conhecemos”, comentou o presidente da CUT, Vagner Freitas. 

Em Brasília para acompanhar as votações das MPs 664 e 665, Vagner referiu-se a indícios de que uma central alinhada aos interesses dos patrões recebe senhas cedidas pelos partidos de oposição ao governo, enquanto à CUT e outras organizações em defesa dos trabalhadores recebe, no máximo, 25 passes. 

De acordo com o dirigente, a Central Única dos Trabalhadores ingressará com medidas legais para garantir a livre circulação dos sindicalistas no Congresso. 

Votação adiada

Nesta terça-feira (12), um acordo entre líderes na Câmara definiu que a votação da MP 664 deve ocorrer na quarta, ao mesmo tempo em que MP 665, já aprovada pelos deputados, deve ser analisada pelo Senado. 

Caso também passe pelos senadores, segue para sanção presidencial. Se houver alguma alteração, retorna para a Câmara para nova votação, mesmo caminho que a Medida Provisória 664 percorrerá. 

Na manhã desta quarta (12), uma comissão formada pelas secretarias Geral Adjunta da CUT (Maria Godói Faria), de Relações do Trabalho (Graça Costa), da Mulher Trabalhadora (Rosane Silva), de Combate ao Racismo (Maria Júlia) e de Meio Ambiente (Jasseir Fernandes) da CUT, além da diretora Executiva Jandira Uehara, pressionarão os deputados e senadores a votarem contra as MPs.

Conforme destacou Maria Faria, o objetivo é fazer com que os parlamentares percebam o quão nocivas são essas medidas para a classe trabalhadora. 

“Faremos esse corpo a corpo com os deputados, senadores, especialmente os líderes de bancadas para deixar claro que não concordaremos com qualquer medida que venha a prejudicar a classe trabalhadora, venha de onde vier, independente do governo ou partido”, ressaltou.

Terceirização em mais uma comissão – Com o mesmo texto do PL 4330, aprovado pela Câmara em abril, o PLC 30/2015 (Projeto de Lei Complementar), que também autoriza a terceirização sem limites, tem recebido um tratamento diferente no Senado.

Ao contrário dos deputados, os senadores acataram ampliar o diálogo e o texto será submetido a mais uma comissão, a de Ciência e Tecnologia. 

Além dessas, o tema será apreciados pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania, pela de Assuntos Econômicos, de Direitos Humanos e Legislação Participativa e de Assuntos Sociais.

Também no Senado, uma audiência pública está marcada para a qunta-feira, às 9h, no auditório Petrônio Portela.

Fonte: CUT

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