Nov 30, 2024

Wikileaks: PSDB prometeu a americanos rever lei do pré-sal

“A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?”. Este é o título de um extenso telegrama enviado pelo consulado americano no Rio de Janeiro a Washington em 2 de dezembro do ano passado.

Como ele, outros cinco telegramas a serem publicados hoje pelo WikiLeaks mostram como a missão americana no Brasil tem acompanhado desde os primeiros rumores até a elaboração das regras para a exploração do pré-sal – e como fazem lobby pelos interesses das petroleiras.

Os documento revelam a insatisfação das pretroleiras com a lei de exploração aprovada pelo Congresso – em especial, com o fato de que a Petrobras será a única operadora – e como elas atuaram fortemente no Senado para mudar a lei.

“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria afirmado Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil, sobre a lei proposta pelo governo . Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras se fosse eleito presidente.

Partilha

Pouco depois das primeiras propostas para a regulação do pré-sal, o consulado do Rio de Janeiro enviou um telegrama confidencial reunindo as impressões de executivos das petroleiras.

O telegrama de  27 de agosto de 2009 mostra que a exclusividade da Petrobras na exploração é vista como um “anátema” pela indústria.

É que, para o pré-sal, o governo brasileiro mudou o sistema de exploração. As exploradoras não terão, como em outros locais, a concessão dos campos de petróleo, sendo “donas” do petróleo por um deteminado tempo. No pré-sal elas terão que seguir um modelo de partilha, entregando pelo menos 30% à União. Além disso, a Petrobras será a operadora exclusiva.

Para a diretora de relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda, a Petrobras terá todo controle sobre  a compra  de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos.

A diretora de relações governamentais da Chevron, Patrícia Padral, vai mais longe, acusando o governo de fazer uso “político” do modelo.

Outra decisão bastante criticada é a criação da estatal PetroSal para administrar as novas reservas.

Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e Eurásia,  chega a dizer ao representante econômico do consulado que a nova empresa iria acabar minando recursos da Petrobrás. O único fim, para ele, seria político: “O PMDB precisa da sua própria empresa”.

Mesmo com tanta reclamação, o telegrama deixa claro que as empresas americanas querem ficar no Brasil para explorar o pré-sal.

Para a Exxon Mobile, o mercado brasileiro é atraente em especial considerando o acesso cada vez mais limitado às reservas no mundo todo.

“As regras sempre podem mudar depois”, teria afirmado Patrícia Padral, da Chevron.

Combatendo a lei

Essa mesma a postura teria sido transmitida pelo pré-candidtao do PSDB a presidência José Serra, segundo outro telegrama enviado a Washington em 2 de dezembro de 2009.

O telegrama intitulado “A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?” detalha a estratégia de lobby adotada pela indústria no Congresso.

Uma das maiores preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China, poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro.

Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: “O PSDB não apareceu neste debate”.

Segundo ela, José Serra se opunha à lei, mas não demonstrava “senso de urgência”. “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, teria dito o pré-candidato.

O jeito, segundo Padral, era se resignar. “Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria dito sobre o assessor da presidência Marco Aurelio Garcia e o secretário de comunicação Franklin Martins, grandes articuladores da legislação.

“Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”, conclui o telegrama do consulado.

Entre os parceiros, o OGX, do empresário Eike Batista, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Confederação Naiconal das Indústrias (CNI).

“Lacerda, da Exxon, disse que a indústria planeja fazer um ‘marcação cerrada’ no Senado, mas, em todos os casos, a Exxon também iria trabalhar por conta própria para fazer lobby”.

Já a Chevron afirmou que o futuro embaixador, Thomas Shannon, poderia ter grande influência nesse debate – e pressionou pela confirmação do seu nome no Congresso americano.

“As empresas vão ter que ser cuidadosas”, conclui o documento. “Diversos contatos no Congresso (brasileiro) avaliam que, ao falar mais abertamente sobre o assunto, as empresas de petróleo estrangeiras correm o risco de galvanizar o sentimento nacionalista sobre o tema e prejudicar a sua causa”.

Fonte: Revista Fórum

Tripulante morre a bordo de rebocador na Bacia de Campos

O Sindipetro-NF recebeu da Petrobrás a informação de que, na noite de ontem (Domingo, 12), um tripulante de um rebocador que presta serviço à empresa, na Bacia de Campos, morreu a bordo da embarcação.

Sérgio França Antunes, de 61 anos, tripulante do TS Ouriçado, afretado à Unidade de Serviços Logística (US-LOG), passou mal no rebocador e foi levado para obter socorro na plataforma P-52. Ele chegou à unidade sem sinais vitais e foi constatada a morte. 

De acordo com a Petrobrás, a US-LOG está em contato permanente com a Tranship Transporte Marítimos LTDA, afretradora da embarcação, que está prestando assistência à família. A Marinha do Brasil e Polícia Civil foram informadas para a devida liberação do desembarque do corpo.

Sindipetro NF

Sindicato na área cobra pendências da gerência da Refap

Na manhã dessa terça-feira (14), dando continuidade ao calendário de visitas na Refap, os diretores do Sindicato estiveram conversando com gerentes sobre pendências anteriores. 

Água potável para U-300

Conforme o gerente do Craqueamento explicou, ocorre uma manutenção nos boilers da CCL da U-300. Esse seria o último ponto que ainda teria tubulações de aço galvanizado, o que é a causa da contaminação da água potável.

 

Vestiário da Manutenção

Segundo informe do RH, está nos ajustes finais, aguardando a reposição dos estrados.

Transferência e Estocagem

Neste setor havia quatro questões. O mais simples era a porta do vestiário masculino que, segundo o gerente, foi trocada. 

O gerente também informou que diminuiu o número de leituras dos TQ´s com solvente, mas que pretende em até seis meses esvaziá-los.

Por fim, foi solicitada a compra emergencial da tinta com material antiderrapante para pintar os acessos. Todo o planejamento da tarefa está feito, apenas aguardando a tinta.

Ainda ficou pendente a construção de acessos a válvulas faltantes.

Faça contato!

O Sindicato se compromete em acompanhar a solução destes encaminhamentos e aproveita para comunicar a todos que façam um levantamento de demandas do seu setor para que sejam apresentadas aos diretores do Sindipetro-RS durante as visitas, para que estas sejam encaminhadas às respectivas gerências nestes dias.

Caso preferir use o canal Denúncia no site do Sindipetro.

Estamos de olho!

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