Ato Nacional na Refap intensifica luta pela defesa da Petrobrás
Dando segmento a série de mobilizações nacionais, organizada pela FUP e seus Sindicatos, pela defesa do Sistema Petrobrás e contra a entrega das refinarias, dutos, terminais, fábricas de fertilizantes e demais ativos da companhia, a Refap recebeu, na manhã congelante dessa quinta-feira (12), petroleiros e petroleiras de todo o Brasil, além da grande participação dos trabalhadores e trabalhadoras da refinaria.
No final de abril o governo de miShell Temer (MDB) anunciou à venda de 60% de quatro refinarias da Petrobrás, entre elas a Refap. Na semana passada, o STF determinou a suspensão das privatizações sem autorização do Legislativo. No entanto, para o diretor financeiro do Sindipetro-RS, Dary Beck Filho, as mobilizações não podem parar: "temos que aproveitar esse tempo para aumentar nossas ações públicas e envolver o povo na nossa luta. Não nos enganemos, Lewandowski só se sentiu empoderado por conta da luta combinada de várias categorias contra a privatização", disse Dary.
Além do Sindipetro-RS e da direção da FUP, estavam presentes no ato representantes da CUT Nacional, CUT-RS, CTB, movimentos sociais, entidades sindicais, dos Sindipetros Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Norte Fluminense, Caxias, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, além de autoridades políticas, como o vereador de Esteio Léo Dahmer (PT) e do Deputado Estadual Juliano Roso (PCdoB).
Para a diretora de Comunicação Élida Maich, a Petrobrás significa a esperança da população brasileira: "A luta sempre vale a pena. E quando se trata de defender a Petrobrás, a luta é imprescindível. Vamos levar cada vez mais a nossa luta para o outro lado do muro, explicando para a população a importância da nossa empresa", defende a dirigente.
O presidente em exercício da CUT-RS, Marizar de Melo, também falou da importância da estatal como empresa estratégica à soberania nacional: "a CUT não abre mão de defender o patrimônio brasileiro, o nosso petróleo, defender ao ataque internacional contra a Petrobrás. As nossas petrolíferas não precisam de ninguém de fora para produzir um petróleo de qualidade, é a Petrobrás quem sabe fazer isso".
Os diretores dos Sindipetros falaram da resistência e da multiplicação dos debates com a população como estratégia de luta. Para o coordenador Geral da FUP, Simão Zanardi, a greve geral é o único caminho para barrar a privatização: "os petroleiros mantêm a mobilização e já aprovaram uma greve. No próximo dia 18, no Conselho Deliberativo, será avaliado o melhor momento para deflagrar a greve. Nós temos que lutar em nossas bases, no Congresso e junto com a população para barrar esse feirão do Temer. Não podemos relaxar. A qualquer momento pode haver um novo golpe e o Temer colocar à venda as nossas refinarias", conclui o coordenador em exercício da Federação.