O operador Marco Antônio Torres, 59 anos, é a mais recente vítima da política de insegurança do Sistema Petrobrás. Marco trabalhava no Polo Naval em Rio Grande, na operação de retirada da embarcação de dentro do dique, realizada no último domingo, 21 de outubro, quando sofreu o acidente. O trabalhador era contratado da empresa Quip, uma das responsáveis pela construção da plataforma P-55. Marco não resistiu aos ferimentos e faleceu na manhã dessa terça-feira, 23. O Sindipetro-RS entrou em contato com a empresa para apurar as informações sobre o acidente, mas ela ainda não se manifestou.
O trabalhador de Rio Grande é a sétima vítima fatal de acidentes de trabalho ocorridos na Petrobrás nesse ano. Desde 1995, quando a FUP criou um banco de dados com os acidentes fatais comunicados pelos sindicatos e pela Empresa, já foram registrados 317 óbitos de petroleiros vítimas de uma política de SMS que nunca priorizou a vida dos trabalhadores. Para a maior parte dos gestores da Petrobrás, a produção e o lucro estão sempre em primeiro lugar, mesmo que isso implique em colocar em risco a saúde e a segurança dos petroleiros. Uma realidade que é ainda mais cruel, quando se trata de trabalhadores terceirizados, que hoje representam mais que o triplo dos efetivos próprios da Empresa.