O Dia Nacional de Luta Contra a Exposição ao Benzeno foi estabelecido durante a reunião de julho da Comissão Nacional Permanente de Benzeno (CNPbz), em homenagem ao operador da RPBC, Roberto Krappa, que morreu no dia 05 de outubro de 2004, vítima de leucemia mieloide aguda, em consequência da exposição ao benzeno.
Krappa trabalhou durante 11 anos na refinaria sem saber que seu organismo estava sendo contaminado por uma substância altamente cancerígena. Silenciosa, a doença o separou da esposa e de seus dois filhos num intervalo de apenas 22 dias. Sua história se tornou símbolo da luta dos petroleiros contra a tentativa da Petrobrás em querer impor limites de tolerância ao benzeno em suas unidades.
Em todo o Sistema Petrobrás estão surgindo novos casos de alterações hematológicas e, mesmo assim, a empresa continua agindo de forma negligente e até mesmo negando a existência de petroleiros contaminados. Torna-se cada vez mais urgente que a categoria se conscientize sobre os riscos da exposição ao agente toxicológico e se organize para cobrar da empresa o cumprimento do Acordo Nacional do Benzeno.
A FUP e seus sindicatos continuam mobilizados contra a tentativa da Petrobrás em alterar o Acordo, alegando que existe tolerância à substância, mesmo quando a legislação diz o contrário. O conceito quantitativo que a empresa tanto quer impor não é seguro. Portanto, não há tempo a perder. Diante de qualquer alteração procure o GTB (Grupo de Trabalho do Benzeno) e denuncie ao seu sindicato para que seus direitos sejam preservados e o caso seja encaminhado e investigado pelo Centro de Referência do Trabalhador.
Benzeno não é flor que se cheire!