As horas extras dos feriados nacionais e locais eram pagas pela Petrobrás até 1998, quando a empresa retirou esse direito de forma autoritária e unilateral. O ataque fazia parte da estratégia do tucano Fernando Henrique Cardoso, de tentar acabar com o movimento sindical petroleiro e a unidade da categoria, que enfrentou o seu governo neoliberal e privatista em maio de 1995, durante uma greve nacional de mais de 30 dias.
Nessa mesma época, FHC demitiu, puniu e perseguiu os petroleiros, sancionou a lei que quebrou o monopólio da Petrobrás sobre as atividades do setor petróleo e atacou conquistas importantes da categoria. Os tucanos acabaram com a estabilidade no emprego e tentaram fazer o mesmo com a AMS, o regime 14 x 21, o PCAC, o pagamento integral das horas extras e férias, o ATS, entre outras conquistas, impondo uma série de diferenciações de direitos para os trabalhadores que passaram a ser admitidos após 1998.
Foi preciso muita luta e organização para que a categoria voltasse a recuperar ao longo dos anos 2000, durante os governos Lula e Dilma, os direitos usurpados por FHC. Portanto, cada reconquista de uma dobradinha é uma vitória para a FUP e seus sindicatos, que continuarão mobilizando os petroleiros até que todos os direitos usurpados nos anos 90 sejam restabelecidos.