Nov 23, 2024

Retomar a luta contra os leilões de petróleo

FUP

O  ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou recentemente que o governo deverá retomar no próximo ano os leilões de blocos petrolíferos, que estavam suspensos desde 2009. Segundo ele, haverá duas sequências de licitações em 2013, sendo que a 11ª Rodada está prevista para maio, com a oferta de 174 blocos de petróleo e gás, dos quais 87 em terra e 87 em áreas do pós-sal no mar, principalmente no litoral Norte e Nordeste.

A realização desses leilões, no entanto, ainda está condicionada à aprovação do novo modelo de distribuição dos royalties do pré-sal, cujo Projeto de Lei do governo continua aguardando votação na Câmara dos Deputados Federais. A FUP considera um erro o governo colocar em pauta novamente os leilões de concessão de petróleo e gás, recursos cada vez mais estratégicos para as nações. Em reuniões com o próprio ministro Lobão, a Federação já havia expressado o seu posicionamento e cobrado o cancelamento de todos os processos licitatórios

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A FUP, portanto, convoca os trabalhadores a retomar a luta contra os leilões de concessão do nosso petróleo e gás. O que está em jogo é a soberania nacional. Mais do que nunca, precisamos fazer andar no Senado o Projeto de Lei dos movimentos sociais (PLS 531/2009), que defende o restabelecimento do monopólio estatal através de uma Petrobrás 100% pública.

“A retomada dos leilões de petróleo e gás significa um imenso prejuízo à nossa soberania e ao futuro do Brasil enquanto nação. O petróleo é e continuará sendo por décadas um recurso estratégico para o desenvolvimento das nações, portanto não deve ser disponibilizado para interesses privados, principalmente estrangeiros, que têm o lucro em primeiro lugar, colocando em risco o futuro das novas gerações”, afirma o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes

É bom lembrar que a OGX, do empresário Eike Batista, foi criada especialmente para disputar a 9ª Rodada, em 2007, último leilão de petróleo no mar, que privatizou blocos estratégicos, inclusive, no pré-sal. Com a ajuda de ex-executivos da Petrobrás, Eike arrematou algumas dessas valiosas áreas e fez de sua empresa uma das principais concorrentes da estatal brasileira.

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