Sindipetro-BA
Dia 6 de julho de 2012, às 5h40, o operador de equipamento júnior Nalzi dos Santos e Santos, de 24 anos e 11 meses, morreu eletrocutado quando trabalhava na sonda da Petrobras em Araçás, sob gestão da empresa que presta serviços auxiliares MI SWACO. O Sindipetro Bahia denunciou o fato, colocou a assessoria jurídica à disposição da família e participou da comissão de investigação do acidente que matou o jovem trabalhador de 24 anos e 11 meses.
A comissão, sob a coordenação de Ricardo Dantas Gadelha de Freitas (E&P-CPM\CPM-SAE\OMS), teve a participação do diretor do Sindipetro João Marcos Pereira da Silva e no relatório deixa mais do que claro que a negligência, descaso com a segurança e omissão, tanto da Petrobras como da MI SWACO, causaram a morte do jovem Nalzi.
No relatório de 16 páginas está a prova de que houve efetivamente crime. Justiça se faça aos que participaram do levantamento dos dados e de toda a investigação dos fatos, pelo profissionalismo, compromisso com a verdade e transparência apresentada no relatório final, que revela as falhas e descaso na segurança – Petrobras\CPT e MI SWACO - que levaram à morte por descarga elétrica do operador Nalzi.
À página 16\18, descreve-se que a vítima recebeu uma descarga elétrica, entrando por uma perna e saindo pela outra; após cair (desfalecido), bateu com as costas no motor da bomba centrífuga e ficou deitado na lama salina. Na queda, uma segunda descarga passou pelo corpo, com entrada na lombar e saída na nádega esquerda. Durante o atendimento médico, a vitima tinha as mãos contraídas e pernas enrijecidas.
Entre o socorro e chegada ao hospital, em Alagoinhas, Nalzi teve três paradas cardíacas; nas duas primeiras conseguiu-se reanimar a vítima, a terceira foi fulminante.
O relatório é rico nos indícios de crime e a assessoria jurídica do Sindipetro Bahia foi orientada pelo coordenador geral a adotar as medidas judiciais cabíveis, tanto na esfera civil como criminal.
Ele aponta falhas nos processos de inspeção, montagem do equipamento, projeto, capacitação, supervisão, limpeza e drenagem na sonda SC-105 e em todas as instalações da MI SWACO.
Entre as inúmeras irregularidades - o que surpreende é a empresa ainda manter contrato com a Petrobras - destaca-se a terceirizada não ter sistema de detecção de falha à terra, que alertaria os operadores com sinais luminosos e\ou sonoros, não cumprir diversos itens da NR-10, ASO da vítima vencido, não há integração entre equipe de SMS, de fiscalização de campo na sonda e os fiscais e gerentes formais, a MI SWACO é recorrente em problemas, mas os responsáveis nunca fizeram Relatórios de Ocorrência, com prazos para correção das questões e aplicação de multas, o gerente do contrato da terceirizada não tem uma sistemática de visitas ao campo onde o serviço é executado e, por fim, constatou-se também que falta treinamento dos responsáveis do contrato na gestão de SMS.
Conclusão: o acidente fatal na SC-105 foi morte anunciada.
A pergunta que fica; até quando trabalhadores vão continuar perdendo a vida no trabalho por omissão, negligência e descaso de uns poucos com a segurança no local de trabalho?
Sindipetro-BA
Dia 6 de julho de 2012, às 5h40, o operador de equipamento júnior Nalzi dos Santos e Santos, de 24 anos e 11 meses, morreu eletrocutado quando trabalhava na sonda da Petrobras em Araçás, sob gestão da empresa que presta serviços auxiliares MI SWACO. O Sindipetro Bahia denunciou o fato, colocou a assessoria jurídica à disposição da família e participou da comissão de investigação do acidente que matou o jovem trabalhador de 24 anos e 11 meses.
A comissão, sob a coordenação de Ricardo Dantas Gadelha de Freitas (E&P-CPM\CPM-SAE\OMS), teve a participação do diretor do Sindipetro João Marcos Pereira da Silva e no relatório deixa mais do que claro que a negligência, descaso com a segurança e omissão, tanto da Petrobras como da MI SWACO, causaram a morte do jovem Nalzi.
No relatório de 16 páginas está a prova de que houve efetivamente crime. Justiça se faça aos que participaram do levantamento dos dados e de toda a investigação dos fatos, pelo profissionalismo, compromisso com a verdade e transparência apresentada no relatório final, que revela as falhas e descaso na segurança – Petrobras\CPT e MI SWACO - que levaram à morte por descarga elétrica do operador Nalzi.
À página 16\18, descreve-se que a vítima recebeu uma descarga elétrica, entrando por uma perna e saindo pela outra; após cair (desfalecido), bateu com as costas no motor da bomba centrífuga e ficou deitado na lama salina. Na queda, uma segunda descarga passou pelo corpo, com entrada na lombar e saída na nádega esquerda. Durante o atendimento médico, a vitima tinha as mãos contraídas e pernas enrijecidas.
Entre o socorro e chegada ao hospital, em Alagoinhas, Nalzi teve três paradas cardíacas; nas duas primeiras conseguiu-se reanimar a vítima, a terceira foi fulminante.
O relatório é rico nos indícios de crime e a assessoria jurídica do Sindipetro Bahia foi orientada pelo coordenador geral a adotar as medidas judiciais cabíveis, tanto na esfera civil como criminal.
Ele aponta falhas nos processos de inspeção, montagem do equipamento, projeto, capacitação, supervisão, limpeza e drenagem na sonda SC-105 e em todas as instalações da MI SWACO.
Entre as inúmeras irregularidades - o que surpreende é a empresa ainda manter contrato com a Petrobras - destaca-se a terceirizada não ter sistema de detecção de falha à terra, que alertaria os operadores com sinais luminosos e\ou sonoros, não cumprir diversos itens da NR-10, ASO da vítima vencido, não há integração entre equipe de SMS, de fiscalização de campo na sonda e os fiscais e gerentes formais, a MI SWACO é recorrente em problemas, mas os responsáveis nunca fizeram Relatórios de Ocorrência, com prazos para correção das questões e aplicação de multas, o gerente do contrato da terceirizada não tem uma sistemática de visitas ao campo onde o serviço é executado e, por fim, constatou-se também que falta treinamento dos responsáveis do contrato na gestão de SMS.
Conclusão: o acidente fatal na SC-105 foi morte anunciada.
A pergunta que fica; até quando trabalhadores vão continuar perdendo a vida no trabalho por omissão, negligência e descaso de uns poucos com a segurança no local de trabalho?