Nov 23, 2024

Mulher ganha indenização por apelidos ofensivos

 

Vendedora chamada de 'vovó delícia’ ganha indenização de R$ 15 mil
Chefe e outros funcionários também apelidaram a mulher de 'gostosona'.
Empresa de material de construção foi condenada por danos morais.
Uma vendedora da empresa que comercializa materiais de construção Dicico, em Campinas (SP), de 51 anos, apelidada pelo chefe de “vovó delícia” e “gostosona”, ganhou o direito de indenização de R$ 15 mil por danos morais. O acórdão divulgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quarta-feira (22) ocorreu após a empresa tentar reduzir o valor da compensação e ter o agravo de instrumento negado. Cabe recurso à decisão.
Segundo o advogado da autora da ação, Cristiano Cortezia, a funcionária trabalhou na empresa em 2006 como vendedora durante um ano. “Por conta do constrangimento que ocorriam nos corredores entre os funcionários, ela decidiu sair e desistiu do emprego. As palavras de baixo calão não foram encaradas como uma brincadeira para uma mãe de família e avó”, afirma.
Por conta dos depoimentos de outras pessoas que trabalhavam na mesma equipe e presenciaram o assédio, a funcionária conseguiu comprovar que foi moralmente ofendida, quando recebeu adjetivos com conotação sexual.
A empresa recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho de Campinas (TRT), mas a condenação foi mantida, ao considerar que a empresa deve ser penalizada por incentivar e tolerar o uso de apelidos de caráter ofensivo. A Dicico também tentou um agravo de instrumento, para diminuir o valor da indenização. No entanto, o pedido também foi negado.
O relator, ministro Walmir Oliveira da Costa, explicou que a condenação do TRT foi decidida com base no constrangimento feito pelo superior da funcionária ao chamar a empregada de forma inapropriada.
Outro lado
Em nota divulgada às 19h33, a Dicico informa que irá cumprir a decisão judicial. Além disso, reitera que criou um código de ética, distribuido aos colaboradores, e que repudia qualquer forma de preconceito e discriminação. "Estamos convictos que em nossas lojas paira um ambiente de trabalho harmonioso, alegre e respeitoso", informa a nota.

G1

Vendedora chamada de 'vovó delícia’ ganha indenização de R$ 15 mil

Chefe e outros funcionários também apelidaram a mulher de 'gostosona'. Empresa de material de construção foi condenada por danos morais.

Uma vendedora da empresa que comercializa materiais de construção Dicico, em Campinas (SP), de 51 anos, apelidada pelo chefe de “vovó delícia” e “gostosona”, ganhou o direito de indenização de R$ 15 mil por danos morais. O acórdão divulgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quarta-feira (22) ocorreu após a empresa tentar reduzir o valor da compensação e ter o agravo de instrumento negado. Cabe recurso à decisão.

Segundo o advogado da autora da ação, Cristiano Cortezia, a funcionária trabalhou na empresa em 2006 como vendedora durante um ano. “Por conta do constrangimento que ocorriam nos corredores entre os funcionários, ela decidiu sair e desistiu do emprego. As palavras de baixo calão não foram encaradas como uma brincadeira para uma mãe de família e avó”, afirma.

Por conta dos depoimentos de outras pessoas que trabalhavam na mesma equipe e presenciaram o assédio, a funcionária conseguiu comprovar que foi moralmente ofendida, quando recebeu adjetivos com conotação sexual.

A empresa recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho de Campinas (TRT), mas a condenação foi mantida, ao considerar que a empresa deve ser penalizada por incentivar e tolerar o uso de apelidos de caráter ofensivo. A Dicico também tentou um agravo de instrumento, para diminuir o valor da indenização. No entanto, o pedido também foi negado.

O relator, ministro Walmir Oliveira da Costa, explicou que a condenação do TRT foi decidida com base no constrangimento feito pelo superior da funcionária ao chamar a empregada de forma inapropriada.

Outro lado

Em nota divulgada às 19h33, a Dicico informa que irá cumprir a decisão judicial. Além disso, reitera que criou um código de ética, distribuido aos colaboradores, e que repudia qualquer forma de preconceito e discriminação. "Estamos convictos que em nossas lojas paira um ambiente de trabalho harmonioso, alegre e respeitoso", informa a nota.

 

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