O vazamento espalhou uma mancha de óleo por uma extensão de aproximadamente quatro quilômetros de praia, entre os balneários de Nova Tramandaí (em Tramandaí) e Imara (em Imbé), interrompendo os banhos durante dois dias, enquanto equipes removiam toneladas de areia contaminadas pelo petróleo.
A ação por dano moral foi movida pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Tramandaí e Imbé.
— Pela primeira vez, uma comunidade comercial inteira aciona judicialmente a Petrobras pelo culposo derramamento de óleo no mar — diz Irineu Gehlen, um dos seis advogados contratos pela CDL para mover a ação.
Segundo Gehlen, a contaminação das águas do mar e das praias, o mau cheiro e o perigo à saúde pública afugentaram os turistas e ocasionaram um prejuízo irreparável ao comércio das duas cidades, justamente no auge do verão.
— Houve uma fuga em massa dos veranistas. O comércio de Tramandaí e Imbé, que todos os anos faz novos investimentos para servir melhor o turista, ficou inequivocamente prejudicado e amargou prejuízos irreparáveis tanto no âmbito material quanto no moral. Também houve prejuízos à pesca, à fauna e à população, com danos cuja gravidade foi atestada por laudos técnicos ambientais da Marinha, do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e da Fundação Estadual do Meio Ambiente — salienta Gehlen.
Além da indenização por dano moral, Gehlen diz que está sendo preparada também uma ação que pedirá ressarcimento pelos danos materiais causados pelo acidente. Segundo ele, cada empresa ainda está calculando o seu prejuízo.