Nov 23, 2024

Vender o Brasil sem metáforas. É vender “o terreno”, mesmo, aos gringos

Quando você ler matérias como esta Governo quer vender terras para estrangeiros, em que o Estadão anuncia que o Ministro da Agricultura Blairo Maggi vai propor mudanças na legislação fundiária não fique pensando que há no Brasil algum tipo de xenofobia, que impede empreendedores estrangeiros ou mesmo simples investidores de apostarem no potencial agrícola do país.

Não há, tanto que um cidadão ou uma empresa estrangeira, numa definição simplificada, pode comprar até 10% do território de cada município. Nas áreas remotas do interior, onde os municípios são imensos, 10% da área significa que podem ter propriedade de milhões – é isso mesmo, milhões – de quilômetros quadrados.

Aumentar isso – ou pior, eliminar qualquer limite, como sugere Maggi,  significa permitir a criação verdadeiros enclaves estrangeiros em território nacional.

E ninguém pense que será para plantar inocentes pés de soja ou cana de açúcar que vão avançar sobre a terra – terra física, mesmo – do país. Qualquer criança sabe que o sensoriamento remoto, por satélite, há muito permite a identificação, sem cavar uma pá de terra, de jazidas minerais de grande porte.

naoresidente

Temos dezenas de municípios  muito maiores que países inteiros da Europa, como a Bélgica.

E é bom também não achar que os gringos vão chegar para ajudar as áreas miseráveis do Nordeste a desenvolver a produção agropecuária.

O que querem – e em boa parte já têm, como você vê no gráfico ao lado, que não inclui, claro, os imigrantes que vieram para cá para trabalhar, mas só os “investidores” – são as áreas mais produtivas  do Sudeste, Sul e Centro Oeste, aquelas onde o nosso “agronegócio” não tem um pingo de dificuldade em competir no mercado mundial.

Mas que, no fundo, como acontece com a elite empresarial brasileira, pensa sempre em “transformar em dinheiro”, por juros obscenos do país e ficar deitando falação de que o povo brasileiro, sem terra e apoio para plantar ou fixar seus filhos à terra, não gosta de trabalhar.

Tijolaço

Pedro Parente estuda vender BR Distribuidora

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que tem em mãos e está avaliando propostas de compra da BR Distribuidora. Ele disse que em última instância a decisão vai depender do valor da oferta.

Parente voltou a criticar a lei de partilha do pré-sal. “A empresa hoje não tem condições de explorar todos os campos do pré­-sal. Isso é fato. E o direito de escolha é importante para otimizar a utilização de recursos. Nossa visão é favorável [à mudança do modelo] porque achamos que não apenas atende interesses da empresa como também o melhor para o país”, disse.

Do Valor Econômico

Ofertas pela BR Distribuidora foram recebidas há 3 dias, diz Parente

Por Cláudia Schüffner

A Petrobras já tem em mãos as propostas para compra da BR Distribuidora, segundo informou o presidente da empresa, Pedro Parente, em entrevista à GloboNews transmitida na noite desta quinta-­feira. Parente não deu detalhes sobre o modelo de venda e nem sobre a avaliação da Petrobras sobre as propostas, dizendo apenas que ainda é necessário analisar se elas “estão valorizando esse ativo”. Sobre a Braskem, disse que não há negociação nenhuma.

Ao mencionar alguns dos problemas da estatal hoje, o executivo disse que o resultado de anos investindo em projetos que ficaram muito mais caros que o orçamento inicial — como a refinaria Abreu e Lima — a Petrobras tem hoje uma dívida que equivale a cerca de 5 vezes a geração operacional de caixa quando o saudável no Brasil seria algo entre uma e duas vezes.

Para resolver o problema ele citou como alternativas o programa de desinvestimento e as parcerias. Citou os anúncios de negociação da BR Distribuidora e da Liquigás mas quando questionado sobre a intenção de vender uma participação ou controle fugiu da resposta. “Essa é uma questão importante que tem que ser discutida à luz do valor”, disse, frisando que o objetivo será sempre preservar objetivos estratégicos e gerar valor para a companhia.

Sobre a política de preços dos combustíveis, Parente repetiu que a Petrobras tem liberdade para fixar os preços dos combustíveis e que não haverá ingerência política. Mas ponderou que existe uma dificuldade de praticar preços muito acima do mercado internacional devido ao risco de perda de participação no mercado, já que a importação é livre e os concorrentes podem trazer gasolina e diesel comprados mais barato no exterior.

“A empresa tem que ter liberdade para fixação de preços porque é importante para o programa de parcerias. Mas a gente não pode praticar um preço interno muito acima do internacional porque o mercado é livre e outros entrantes podem vir e isso pode criar uma perda de market share. A empresa precisa levar em conta essas questões”, disse Parente.

O executivo também defendeu a mudança no modelo de exploração do pré­ sal, que hoje obriga a Petrobras a ter participação mínima de 30% em todos os campos que forem oferecidos. Disse que ter a opção de explorar é melhor que ter a obrigação, já que a empresa não tem condições de arcar com a participação em todos os campos e o melhor é que possa investir naqueles em que avaliar ser melhor do ponto de vista empresarial.

“A empresa hoje não tem condições de explorar todos os campos do pré­sal. Isso é fato. E o direito de escolha é importante para otimizar a utilização de recursos. Nossa visão é favorável [à mudança do modelo] porque achamos que não apenas atende interesses da empresa como também o melhor para o país”, disse.

Questionado sobre como é trabalhar em um governo provisório como o do presidente interino Michel Temer, ele respondeu que precisa trabalhar com aquilo que controla. “Eu não posso pensar só no curto prazo, mas no médio e longo prazos, já que as decisões tomadas agora maturam em 10 a 15 anos. Estamos com toda velocidade no processo de parcerias, [de revisão do] perfil da dívida, e revisão do planejamento estratégico. Então é uma 'não questão' para mim. Não estou preocupado com isso. A empresa precisa de uma visão muito abrangente”, respondeu.

JGGN

Contra as mudanças na Previdência: uma luta que precisa de todos

Engana-se que acha que as alterações na previdência não lhe atingirão. Elas atingirão a todos: os já aposentados, os que estão na ativa e já estão contribuindo e os que ainda vão entrar no mercado de trabalho, tanto do setor público como privado. As mudanças que estão sendo gestadas pelo governo golpista do Temer, são um duro ataque aos trabalhadores.

Não por nada, um grupo de sindicalistas e representantes dos movimentos sociais que integram a Frente Gaúcha em Defesa da Previdência, ocupou, na semana passada, a sede do INSS em Porto Alegre, com objetivo de chamar a atenção para a gravidade da situação, se posicionar contra a reforma previdenciária  pela recriação do Ministério da Previdência Social, extinto durante a última reforma ministerial.

Entre as mudanças que estão sendo propostas estão aumentar a idade ou o tempo de contribuição, aumentar o tempo de contribuição das mulheres para o mesmo dos homens, desvinculação das aposentadorias do salário mínimo, aumento do prazo para ter direito ao auxílio-doença, aumento da idade para aposentadoria da trabalhadora rural de imediato para 56 anos e a do trabalhador para 61 anos, redução das aposentadorias das pessoas com deficiência que nunca trabalharam de um para meio salário mínimo, entre outras.

Facebook