Nov 29, 2024

A história do Syriza, o partido que pode mudar a Europa

Um grande retrato da revolucionária marxista Rosa Luxemburgo decora o escritório de Nikos Samanidis, um dos membros-fundadores da Coalizão da Esquerda Radical – ou Syriza, como o partido é conhecido entre os gregos.

O Syriza venceu as eleições gerais gregas deste domingo – em que concorreu contra o Nova Democracia, do primeiro-ministro Antonis Samaras – e deve se tornar o primeiro partido antiausteridade a tomar o poder na zona do euro.

Sua vitória não só lança um manto de incertezas sobre a relação da Grécia com a União Européia, como analistas acreditam que pode dar fôlego a outros partidos de extrema esquerda europeus (como o Podemos, na Espanha).

No que diz respeito a suas propostas, o Syriza não só se opõe ao resgate internacional da Grécia e às medidas de austeridade como quer renegociar parte da dívida externa grega.

Essas promessas têm gerado nervosismo nos mercados financeiros e já se especula sobre uma possível saída da Grécia da zona do euro.

Para o líder do partido, Alexis Tsipras, a vitória do Syriza representa o fim de um processo em que a Grécia estaria sendo “humilhada” por outros países europeus. “Vamos acabar essas ordens vindas do exterior”, prometeu.

Mas também há quem anteveja períodos de maior turbulência para o país com a vitória do partido.

Nascido em 2004 como uma coalizão de treze grupos e partidos políticos que inclui maoistas, trotskistas, comunistas, ambientalistas, social-democratas e populistas de esquerda, o Syriza tinha pouca força eleitoral até 2012.

Em seus primeiros oito anos, a agremiação nunca conseguiu obter mais de 5% da preferência do eleitorado.

A popularidade de Tsipras, porém, parece ter sido impulsionada pela crise econômica que nos últimos cinco anos empurrou um quarto dos trabalhadores gregos para o desemprego.

Desde 2010 a Grécia vem implementando medidas como o aumento de impostos e cortes de gastos públicos, seguindo um script imposto pela União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu em troca de um pacote de resgate para sua economia.

Nas eleições gerais de 2012, com o aprofundamento da crise, o Syriza levou 27% dos votos, passando os sociais-democratas para se tornar a segunda força política da Grécia e a principal voz da oposição.

Tsipras, um líder político jovem (tem 40 anos) e carismático, foi fundamental nessa transformação do Syriza.

Conhecido por seus discursos empolgantes e sua aversão a gravatas, ele assumiu a liderança do partido em 2008 e foi eleito para o Parlamento em 2009.

“A crise econômica e o colapso dos partidos tradicionais certamente ajudaram a aumentar a influência do Syriza, mas foi Alexis Tsipras que catapultou o partido”, opina Christoforos Vernardakis, professor de ciência política da Universidade Aristóteles de Salonica e fundador do instituto de pesquisas VPRC.

“Isso aconteceu porque Tsipras é jovem e parece não ter medo. Ele pegou uma esquerda que estava na defensiva e a transformou em uma opção crível para o governo.”

Para seus simpatizantes, Tsipras é um líder nato, que trata com respeito quem está a seu redor. “Ele gosta de processos e decisões coletivas”, diz Samanidis. 

Nikos Karanikas, um velho amigo e colega de partido, diz que, apesar da ter se tornado um líder político proeminente, Tsipras continuou vivendo no bairro de classe média de Kypseli, em Atenas, e trabalhando como engenheiro civil.

BBC em Diário do Centro do Mundo

Petrobrás registra lucro de R$ 3 bilhões no 3º trimestre

Lucro representa uma queda de 38% em relação ao trimestre anterior em 2014 e 9,9% frente ao mesmo período de 2013; resultado não incluiu baixas contábeis relacionadas às denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, mas incluiu baixas de R$ 2,7 bilhões de reais com a descontinuidade dos projetos das refinarias Premium I e II; segundo a nota da presidente da Petrobras, Graça Foster, a companhia reafirma a manutenção da política de preços de diesel e gasolina, "não repassando a volatilidade do mercado internacional, o que, na situação atual, favorece excepcionalmente o caixa"

A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou que registrou lucro líquido de R$ 3,087 bilhões no terceiro trimestre de 2014, ante R$ 3,395 bilhões no mesmo período de 2013, segundo balanço não auditado divulgado na madrugada desta quarta-feira.

Este lucro representa uma queda de 38% em relação ao trimestre anterior em 2014, "refletindo o menor lucro operacional", segundo a Petrobras. Já frente ao mesmo período de 2013, quando o lucro havia sido de R$ 3,395 bilhões, o recuo foi de 9,9%.

O resultado não incluiu baixas contábeis relacionadas às denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, mas incluiu baixas de R$ 2,7 bilhões de reais com a descontinuidade dos projetos das refinarias Premium I e II.

Já o Ebitda ajustado da companhia ficou em R$ 11,7 bilhões, ante R$ 16,2 bilhões no segundo trimestre de 2014 e R$ 13,1 bilhões no terceiro trimestre de 2013.

"A divulgação das demonstrações contábeis não revisadas pelos auditores independentes “tem o objetivo de atender obrigações da companhia (covenants) em contratos de dívida e facultar o acesso às informações aos seus públicos de interesse, cumprindo com o dever de informar ao mercado e agindo com transparência com relação aos eventos recentes que vieram a público no âmbito da ‘Operação Lava Jato’”

A “companhia entende que será necessário realizar ajustes nas demonstrações contábeis para a correção dos valores dos ativos imobilizados que foram impactados por valores relacionados aos atos ilícitos perpetrados por empresas fornecedoras, agentes políticos, funcionários da Petrobras e outras pessoas no âmbito da ‘Operação Lava Jato’”

“No entanto, em face da impraticabilidade de quantificar de forma correta, completa e definitiva tais valores que foram capitalizados em seu ativo imobilizado, a companhia considerou a adoção de abordagens alternativas para correção desses valores: i) uso de um percentual médio de pagamentos indevidos, citados em depoimentos; ii) avaliação a valor justo dos ativos cuja constituição se deu por meio de contratos de fornecimento de bens e serviços firmados com empresas citadas na ‘‘Operação Lava Jato’’. Essas alternativas se mostraram inapropriadas para substituir a impraticável determinação do sobrepreço relacionado a esses pagamentos indevidos”, informou a companhia em seu release de resultado.

Preços dos combustíveis

Segundo a nota da presidente da Petrobras, Graça Foster, a companhia reafirma a manutenção da política de preços de diesel e gasolina, "não repassando a volatilidade do mercado internacional, o que, na situação atual, favorece excepcionalmente o caixa".

O patamar atual de produção de petróleo e derivados assegura à empresa o mesmo patamar de geração operacional [geração de caixa], mesmo com o preço do barril de petróleo Brent variando entre US$ 50/bbl e US$ 70/bbl, segundo a presidente.

De acordo com a presidente, a Petrobras enfrenta um momento único em sua história e o resultado das avaliações indicou que os ativos com valor justo abaixo do imobilizado totalizaram R$ 88,6 bilhões de diferença a menor. Os ativos com valor justo superior totalizaram R$ 27,2 bilhões de diferença a maior frente ao imobilizado.

“Decidimos não utilizar a metodologia da determinação do valor justo como “proxy” para ajustar os ativos imobilizados da companhia devido à corrupção, pois o ajuste seria composto de elementos que não teriam relação direta com pagamentos indevidos”, afirmou.

“Assim, aprofundaremos outra metodologia que tome por base valores, prazos e informações contidos nos depoimentos em conformidade com as exigências dos órgãos reguladores (CVM e SEC), visando a emissão das demonstrações contábeis revisadas”.

Produção

A produção total de óleo e gás natural cresceu 6% no 3º trimestre de 2014 frente o segundo trimestre, com 2,7 mil barris por dia. No acumulado do ano, a produção diária é de 2,6 mil barris, representando alta de 3% em comparação com o mesmo período de 2013.

Já o endividamento líquido da empresa cresceu 8% em comparação com o segundo trimestre de 2014, passando para R$ 261 milhões. De janeiro até setembro, houve crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2013.

A Petrobras planeja aumentar sua produção de petróleo no Brasil em 4,5% em 2015 ante 2014, com variação de 1 ponto percentual na meta para mais ou para menos, destacou no relatório de resultados.

Fonte: Plantão Brasil

Como anda a segurança na Petrobrás?

O lençol é infantil e esfarrapado, O COBERTOR ESTÁ CURTO E O INVERNO ESTÁ CHEGANDO

 

No Papo Direto nº 52, do final do mês de setembro passado, denunciamos a fragilidade da segurança na Refap, o que chamamos de “LENÇOL INFANTIL ESFARRAPADO”. Isso, devido a sucessão de incidentes que ocorreram num breve período de tempo, nas unidades de destilação(U-01), na UHDT II e na URFCC(U-300).

Em síntese, vamos nos ater aos seguintes fatos:

Vazamento de água de caldeira nas B´s-300002 A/B

B-300002 A – Em 15/09/2014, foi parada para manutenção GERAL, com previsão de conclusão em 30/09/2014. Retornou a operação em 16/10/2014, pois seus componentes de selagem foram utilizados na B-300002 B. Esta é uma PRÁTICA USUAL, segundo nosso GG. Isto é o que chamamos de canibalização dos equipamentos, por falta de estoque tira de um, para botar no outro;

B-300002 B – Em 24/09/2014, TAMBÉM apresentou falha no sistema de selagem, foi parada e retornou a operação, com o selo da B-300002 A, em 28/09/2014;

Vejam as considerações do Gerente Geral, do Gerente Executivo do Refino e com o de acordo do Diretor do Abastecimento, sobre os fatos:

Foram realizadas as manutenções programadas nestes equipamentos, CONFORME PLANEJADO. Os tempos demandados de manutenção nos equipamentos descritos estão relacionados ao tempo de entrega de componentes e materiais por fornecedores externos e a realização dos serviços de manutenção.

Nenhum dos eventos está relacionado com falta de pessoal e de recursos de verbas para manutenção e tampouco com ações do Procop, PIDV e Mobiliza.

Com relação à pirâmide de BIRD da Refap, historicamente, O NÚMERO DE DESVIOS ESTÁ COMPATÍVEL COM O NÚMERO DE ACIDENTES E INCIDENTES, não apresentando deformações estatísticas. Todos os desvios são imediatamente corrigidos e aplicada abrangência, quando necessário.

Todas as ocorrências foram tratadas dentro dos padrões previstos e em NENHUM MOMENTO TROUXERAM RISCOS A PESSOAS, MEIO AMBIENTE E INSTALAÇÕES.

Na semana passada, mais duas ocorrências na U-300, nas B-300002 e na B-300011(bomba de fundo da fracionadora principal, pela qual passa óleo a 360°C)!

A peculiaridade agora é que essas bombas, por terem linhas de grande diâmetro e de potencial de risco alto, tem como bloqueios, válvulas motorizadas(VM´s) para diminuir o risco e ter menos trabalhadores para fechá-las!

Pois, seguindo a lógica do GG, a B-300002 e a B-300011, estavam sem as suas VM´s de sucção, certamente previsto e programado, bem como que os reparos estavam de acordo com o PADRÃO da Empresa!

Só esqueceram de avisar às bombas, para não vazar. Claro, vazaram!

Daí, além do lençol, o cobertor também ficou curto, e foi necessário chamar trabalhadores de outras áreas, QUE FICARAM DESCOBERTAS, para dar apoio no fechamento dos bloqueios em manual. E foram quase três horas de trabalho, cansativo... Chamar apoio em outras áreas deixando essas abaixo do número mínimo tem sido prática indiscriminada na REFAP. Aliás, se a automação conta para o número mínimo,  é  inadmissível que as válvulas motorizadas fiquem indisponíveis.  A prova de elas serem imprencindíveis foi a necessidade do apoio de pessoal e o tempo. Lembrando que no local,  sem rota de fuga,  as pessoas ficaram expostas à formação de nuvem se o vazamento aumentasse.

Para piorar, na B-300011, o bloqueio de sucção fica quase acima da bomba, e se houvesse um vazamento maior e ignição do óleo? Todos os envolvidos poderiam estar hoje no índice de acidentes. Mas o que aconteceu não foi um incidente, nem acidente, nem nada, afinal não está registrado em lugar nenhum!

Na B-300002, que tem a configuração parecida, não aconteceria muita coisa, apenas uma meia dúzia de queimados, com vapor! Ah! Ela estava sem o motor do acionador da VM, desde a ocorrência de SETEMBRO!

O único registro é a priorização do concerto das VM´s! Que estava... esquecido!?... Não, estava programando, para um dia, “em algum lugar do passado”! Mas agora é prioridade e foi bastante agilizada esta semana. Com um “incêndio” aqui e outro ali, o Gerente da Manutenção vai tocando a vida... Afinal, onde ele está mesmo, quando as coisas acontecem?

Também na U-300, no Riser, aquele da “cachoeira”, do mesmo boletim, pois é, ele segue CRESCENDO, pra baixo e, cada vez mais, tencionando linhas, suportes de molas e contrapesos. Devido à dilatação que vem sofrendo, todas as estruturas auxiliares estão sendo impactadas e chegando aos extremos, podendo colapsar. Junto ao Vaso Separador(na porção superior) já houve a necessidade de fazer reforços nas soldas para reparar fissuras. Na base, foram feitos cortes em plataformas, há linhas torcidas e tencionadas (já havendo até rompimento de linha), cortes em guarda-corpo de plataformas, soldados “bacalhaus” e contrapesos já chegando ao seu limite de compensação, podendo até haver ruptura de hastes de sustentação.

Mas, apesar dos alertas da nossa inspeção, segundo a Gerência Geral e os acompanhadores lá da sede, no Rio de Janeiro, está tudo sob controle, não há nenhuma “crise”! A manutenção está programada e dentro padrões previstos e em NENHUM MOMENTO TRARÃO RISCOS AS PESSOAS, MEIO AMBIENTE E INSTALAÇÕES.

Não há possibilidade de evento relacionado com falta de pessoal, de verbas para manutenção e tampouco de ações do Procop, PIDV e Mobiliza.

Todos estes eventos estão sendo contabilizados à pirâmide de BIRD da Refap, e ESTÁ COMPATÍVEL COM O NÚMERO DE ACIDENTES E INCIDENTES, sendo aplicada a devida abrangência. Vejam bem, ESTÁ COMPATÍVEL, portanto aceitável!

E podem ficar tranquilos, pois a manutenção está programada, CONFORME PLANEJADO.

Vamos lá então: O lençol é infantil e esfarrapado, o cobertor está curto e o INVERNO ESTÁ CHEGANDO! Que a sorte não nos abandone! São estas as orientações da Petrobrás?

O art. 186 do Código Civil dispõe: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito de outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

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