Nov 29, 2024

Terceirização é a grande vilã na explosão da plataforma, diz Sindipetro

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o diretor do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) do Espírito Santo, Davidson Lomba, afirma que a grande vilã do acidente com um navio-plataforma a serviço da estatal, ocorrido na quarta-feira, 11, no litoral do Espírito Santo, é a terceirização. O navio-plataforma é fretado e pertence à empresa norueguesa BW Offshore; dos 74 tripulantes que trabalhavam a bordo, apenas um era da Petrobras, relata o sindicalista.

"O sindicato vem cobrando, há muito tempo, o combate à terceirização desenfreada que vem acontecendo nos postos de trabalho da Petrobras", ressalta Lomba. Ele afirma que as condições de trabalho e segurança do terceirizado são "muito inferiores", em comparação às dos trabalhadores da Petrobras.

O dirigente relata que o Sindipetro foi informado imediatamente sobre o ocorrido, conforme determinado em negociação coletiva, e que, juntamente com a estatal, formaram uma comissão para investigar as causas do acidente. Análises prévias apontam para uma explosão na casa de bombas do navio.

O sindicalista explica que, diferentemente das plataformas fixas, os navios-plataformas têm capacidade de se deslocar de um poço a outro, operam com menores custos e possuem capacidade de estocagem, mas, ainda assim, são mais seguros do que as instalações fixas.

Para Davidson Lomba, foi um acidente "trágico, atípico e incomum", mas com mais chance de ocorrer em equipamentos terceirizados do que naqueles operados diretamente pela Petrobras.

Rede Brasil Atual

Petroleiros da Refap protestam em defesa da vida

Seguindo o indicativo da FUP de se manterem mobilizados por 24h, os trabalhadores da Refap aderiram à Mobilização Nacional em Defesa da Vida. A manifestação começou às 23h45 e segue ao longo desta sexta-feira, 13. Pela manhã os petroleiros do Administrativo também cruzaram os braços e aderiram à paralisação. Na sequência os trabalhadores realizaram 1 minuto de silêncio em homenagem as vítimas da explosão na plataforma FPSO São Mateus.
A paralisação acontece em todo país em solidariedade aos trabalhadores vitimados pela tragédia e em protesto pela insegurança  e a  incapacidade de gestão de SMS da empresa. A explosão ocorrida na quarta-feira, 11, na plataforma FPSP São Mateus, no Espírito Santo, matou cinco trabalhadores, deixou quatro desaparecidos e cerca de 25 feridos.

Quinta-feira o protesto foi em Rio Grande

Em Rio Grande, os trabalhadores da indústria naval protestaram durante toda a quinta-feira (12), em defesa do Polo Naval. O acesso à cidade ficou bloqueado por cinco horas nas rodovias pela ERS-734 e BR-392. A manifestação chamou atenção para o ritmo lento das obras e o impacto após as denúncias da Operação Lava Jato. As quatro empresas que gerenciam os estaleiros da região são investigadas pela Polícia Federal (PF).
Confira a cobertura completa das manifestações em todo Brasil no site da FUP: www.fup.org.br

 

Dia Histórico: Cidade de Rio Grande para em defesa do polo naval

Os trabalhadores da indústria naval em Rio Grande fazem protesto desde o início da madrugada desta quinta-feira, 12, em defesa pelo Polo Naval. O acesso à cidade ficou bloqueado por cinco horas nas rodovias pela ERS-734 e BR-392. O bloqueio foi retomado a partir das 15h.

Os ônibus do transporte público coletivo também não estão circulando, já que entidades trabalhistas bloqueiam a garagem das empresas. Além dos acessos ao polo naval estarem bloqueados, o comércio no centro da cidade está aderindo à mobilização. De acordo com o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS, Enio Santos, o resultado da paralisação está sendo positivo e culminará com um grande ato a ser realizado às 17h, Largo Dr. Pio.

O movimento encabeçado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande tem apoio dos demais sindicatos da categoria, além do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), CUT, CTB, Conlutas, além dos sindicatos dos Bancários, Empregados no Comércio e Trabalhadores nas Indústrias.

A manifestação quer chamar atenção para o ritmo lento das obras e o impacto após as denúncias da Operação Lava Jato. As quatro empresas que gerenciam os estaleiros da região são investigadas pela Polícia Federal (PF). “Queremos mostrar como Rio Grande ficará com a perda do polo naval,” disse Benito Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande.

Gonçalves recebeu ligação do deputado federal Henrique Fontana que se comprometeu a intermediar uma audiência em Brasília com o secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rosseto.

Por: Assessoria de Comunicação FTMRS

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