Nov 23, 2024

Plenária Nacional da FUP discutirá resistência ao desmonte da Petrobrás, do Pré-Sal e do País

Entre os dias 06 e 10 de julho, petroleiros de todas as bases estarão reunidos no município de Campos, no Norte Fluminense, para a sexta edição da Plenária Nacional da FUP. Com o país refém de um governo golpista e entreguista, é preciso unidade para construção de uma grande frente de resistência à avalanche de ataques que ameaça a democracia, os direitos da classe trabalhadora, as políticas públicas e sociais e a soberania nacional.

 

A Petrobrás e o Pré-Sal estão no centro desse desmonte e por isso os petroleiros precisam rearticular a luta nacional da categoria em defesa da estatal e do petróleo brasileiro. Não por acaso, o tema desta VI Plenafup é "Manter acesa a chama da resistência", mesmo mote de luta que marcou a categoria em 1995, quando a FUP realizou o seu primeiro congresso nacional, em meio a demissões, punições, intervenções nos sindicatos e tantos outros ataques do governo Fernando Henrique Cardoso.

 

Naquela época, assim como hoje, os petroleiros tinham acabado de sair de uma greve que entrou para a história da categoria. Vinte e um anos depois, os trabalhadores do Sistema Petrobrás voltam a enfrentar o mesmo projeto ultraliberal de desmontes e de privatizações, que coloca em xeque direitos e conquistas e ameaça entregar ao capital internacional a maior reserva de petróleo da atualidade.

 

É em meio a esse cenário, que os petroleiros irão deliberar sobre reivindicações, estratégias e calendários de luta. Quatro painéis de debate serão realizados, com participação de lideranças das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, parlamentares, movimentos sociais e jornalistas independentes.

 

O local escolhido para sediar a VI Plenafup foi o Instituto Federal Fluminense, na cidade de Campos, região Norte do estado do Rio de Janeiro, base do Sindipetro-NF, que completa esse ano duas décadas de existência. A celebração será com petroleiros de Norte ao Sul do Brasil, que deixarão sua marca nessa plenária decisiva para os rumos da categoria. Afinal, nunca foi tão necessário "manter acesa a chama da resistência".

Confira a programação da VI Plenafup:

 

Quarta-feira - 06 de julho

Chegada das delegações e credenciamento

18h – Reuniões das forças políticas

 

Quinta-feira - 07 de julho

10h - Painel 1

Conjuntura política e econômica: rearticulação das forças sociais na reconstrução do projeto político, popular e democrático

Debatedores:  Gilmar Mauro, pela Frente Brasil Popular, e Guilherme Boulos, pela Frente Povo Sem Medo

14h – Eleição da Mesa Diretora e aprovação do Regimento Interno

15h - Eleição da tese guia

17h - Cerimônia de abertura da VI Plenafup

 

Sexta-feira - 08 de julho

10h - Painel 2

Perspectivas de enfrentamento para resistir ao golpe jurídico e midiático no Brasil

Debatedores:  Deputado Federal Wadih Damous, Laura  Capriglione, do coletivo Jornalistas Livres, e  Paulo Moreira Leite, diretor do portal de notícias Brasil 247 e autor dos livros "A outra história da Lava-Jato: uma investigação necessária que se transformou numa operação contra a democracia" e "A outra história do Mensalão: as contradições de um julgamento político"

14h - Painel 3

O golpe é contra o trabalhador: Como enfrentar os ataques aos direitos e conquistas sociais dos trabalhadores?

Debatedores:  Senador Lindbergh Farias, Deputado Federal Paulo Pimenta e Alysson de Sá Alves, do DIAP

 

Sábado - 09 de julho

09h - Painel 4

A defesa do pré-sal e da Petrobrás como motor do desenvolvimento nacional e de resistência ao projeto neoliberal

Debatedores: representantes da FUP no GT Pauta pelo Brasil, Pedro Celestino, do Clube de Engenharia, integrante da Coordenação Nacional do MAB

12h - Reuniões das forças políticas

15h - Plenária de discussão da pauta da categoria e calendário de lutas

19h - Solenidade de encerramento

 

Domingo - 10 de julho

Retorno das delegações

 

Fonte: FUP

Por que o Brexit é uma vitória da direita

Vamos clarificar uma coisa. Este resultado no referendo britânico está relacionado com três coisas: em primeiríssimo lugar, a imigração; em segundo lugar, o nacionalismo; e, apenas em terceiro lugar, a preocupação com a supremacia do parlamento e os argumentos sobre a falta de democracia na União Europeia. 

Podemos pensar o que quisermos sobre cada um destes temas. A imigração foi mais do que um tema instrumental para a campanha do “Brexit”. Ele foi “o” tema determinante desta campanha. Até à concentração quase exclusiva neste tema, os adeptos do “Brexit” perderam nos argumentos económicos, e foi só a partir do momento em que conseguiram tornar a campanha numa campanha sobre imigração que começaram a subir nas sondagens. O nacionalismo pode ter leituras mais ou menos benignas, mas o certo é que a ideia de “tomar o nosso país de volta” foi a segunda mais importante do debate do “Brexit”. Em terceiro lugar apenas — mais compreensível e justificadamente — veio a questão do défice democrático na UE, embora nunca muito explorada uma vez que o próprio Reino Unido é uma monarquia hereditária com uma câmara parlamentar composta por 750 lordes não-eleitos.

Sobre o que não foi esta campanha? Não foi sobre o euro, não foi sobre a austeridade e não foi sobre o Tratado Orçamental ou a dívida soberana. O Reino Unido não pertence ao euro, não assinou o Tratado Orçamental, emite a sua moeda e gere a sua dívida com políticas monetárias mais próximas das dos EUA do que da própria UE. A austeridade levada a cabo no Reino Unido foi inteiramente da responsabilidade do Governo de Sua Majestade.

A campanha pouco tocou nesses temas, como pouco se falou de desemprego (a não ser como forma de falar de imigração): a taxa de desemprego no Reino Unido anda à volta de 5%. A insegurança laboral e a perda de direitos dos trabalhadores tem sido uma bandeira do governo britânico dentro da própria UE. Ninguém acreditou que os líderes da campanha do Brexit defendessem o Serviço Nacional de Saúde no país: na verdade, vários deles defendiam a sua privatização até uns meses antes do referendo para depois alegarem que a União Europeia o queria privatizar — o que era mentira.

Isto é importante, porque nos próximos dias — e já hoje — muita gente se quererá apropriar da vitória do “Brexit”, ou porque torceram por ela, ou porque gostariam que o “Brexit” pudesse fazer avançar os seus argumentos preferidos (alguns deles são também os meus) em cada um dos seus países. É uma tentação compreensível, mas é importante que os admiradores do “Brexit” noutros países não estiquem as suas interpretações até ao ponto em que elas deixem de ser reconhecíveis por quem quer que tenha seguido esta campanha.

Para qualquer observador, mesmo que distraído, este referendo foi ganho com temas de direita e nenhuma promessa acionável de políticas sociais. E os principais beneficiários deste “Brexit” serão gente como Marine Le Pen, Geert Wilders e o partido extremista alemão AfD — que são os portadores nos seus países dos mesmos temas. A desintegração da UE beneficia-os e quem desejar que o “Brexit” a acelere acabará a ver que essa desintegração levará ao poder as políticas e os partidos da direita mais extrema e nenhuma das políticas sociais favorecidas pela esquerda.

Para esta, a melhor hipótese continua a ser a de salvar o projeto europeu e até de intervir nos espaços vazios deixados pela saída do país que mais defendeu o neoliberalismo no Conselho Europeu. Apostar no colapso da União Europeia, ou proclamá-lo preventivamente para melhor o apressar, não poderá resultar noutra coisa que não na destruição da vida de milhões de trabalhadores e cidadãos que não são ricos nem poderosos — e a uma escala que faria os anos passados parecerem-se com uma borrasca ou um tempestade, mas não com o tsunami que viria com o fim da UE.

Diário do Centro do Mundo

Conselho Deliberativo aprova avaliação atuarial do PPSP de 2015

A Petros informa que a avaliação atuarial de 2015 do Plano Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), aprovada pelo Conselho Deliberativo nesta quinta-feira, 23/6, aponta déficit acumulado de R$ 22,6 bilhões. É importante destacar que parte significativa do resultado de 2015 tem origem no tratamento de questões estruturais importantes para garantir a perenidade do PPSP, como a atualização do modelo de composição familiar. O cenário econômico adverso também causou forte impacto na rentabilidade do plano, assim como as provisões da perda do investimento na Sete Brasil e a alta da inflação. 

Cabe também ressaltar que, de acordo com as novas regras de solvência dos fundos de pensão, o valor a ser equacionado é de aproximadamente R$ 16 bilhões, que será dividido paritariamente entre patrocinadora e participantes num prazo de até 18 anos. 

As condições do plano de equacionamento ainda serão amplamente discutidas entre Petros, patrocinadora, representantes dos participantes e assistidos do PPSP e Previc. Todas as possibilidades serão analisadas, respeitando a legislação vigente. 

O balanço da Petros ainda está sob análise dos Conselhos Fiscal e Deliberativo e será enviado à Previc até 31 de julho.

Portal Petros

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