Nov 23, 2024

Mais de dez mil manifestantes ocupam a Esplanada pelos 10% do PIB, por combate à precarização e garantia de direitos

CUT

Com bandeira na mão, garrafinha d’água na mochila e boné na cabeça, mais de dez mil manifestantes, vindos em caravanas de todo os recantos do país, enfrentaram o sol quente e o ar seco da capital federal para pintar com o verde e amarelo da Pátria e o vermelho sangue da vida o 5 de setembro, Dia Nacional de Mobilização da CUT  e data da VI Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

“Defendemos os 10% do PIB para a educação, o piso do magistério, carreira, e aprovação do Plano Nacional de Educação, porque são medidas imprescindíveis para o desenvolvimento do país, que dialogam com o presente e o futuro da nossa nação, da mesma forma que o combate à precarização e à terceirização”, declarou Carmen Foro, dirigente da executiva nacional da CUT, que coordenou a manifestação ao lado de Fátima Aparecida da Silva, da CNTE. A seu lado no caminhão de som, Fátima lembrou que a ampliação dos investimentos é essencial para termos uma educação à altura do país e de seu povo, com o fortalecimento da ciência e da tecnologia nacional. “Por isso o lema da nossa manifestação é ‘Independência é educação de qualidade e trabalho decente’, pois são ações imprescindíveis para o nosso desenvolvimento soberano”, frisou Fátima.

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Os truques e a intransigência dos banqueiros levam bancários à greve

Como os bancários e as bancárias já sabiam, a proposta de aumento de 6% dos banqueiros não passou de truque. Numa reunião que durou apenas meia hora, na terça-feira, 4 de setembro, a Fenaban decidiu deixar tudo como está. Os banqueiros empacaram na oferta de 0,64% de aumento real.
O índice não apenas é muito baixo como abaixo da média nacional que outras categorias fecharam no primeiro semestre do ano. Segundo o Dieese, 97% dos acordos coletivos fechados no Brasil, no primeiro semestre, ficaram acima da inflação. A média foi de 2,23% de aumento real. Segundo o Dieese, é o melhor resultado dos últimos 16 anos.
O aumento que os banqueiros nos propõem, na real, é 3,5 vezes menor do que a média nacional. Quer dizer, enquanto os patrões das outras categorias reconhecem que é preciso melhorar as condições de vida dos trabalhadores com aumento decente, os banqueiros querem nos rebaixar.
Pois este truque de fingir que anda para frente e esconder que, na verdade, está recuando, ficou mais claro do que nunca na reunião de terça-feira. Mas nós já sabíamos disso. Desde que a nossa campanha salarial se iniciou, temos dado uma demonstração de força e unidade. Não vai ser diferente desta vez depois que o Comando Nacional dos Bancários estabeleceu o nosso calendário de lutas.
Na quarta-feira, dia 12, faremos, em Porto Alegre, uma grande Assembleia, às 19h, no Clube do Comércio. Cinco dias mais tarde, dia 17, novo encontro de organização da  nossa greve por tempo indeterminado a partir do dia 18. É hora de nos mobilizarmos e nos unirmos ainda mais.
O truque da reunião de terça-feira em São Paulo foi apenas mais um dos muitos que os banqueiros usam para tentar nos enganar. No dia 31 de agosto, o Passeatão dos Bancários em Porto Alegre, intensificou a denúncia da prática de esconder lucro e beneficiar grandes executivos. E a paralisação de 113 agências que promovemos na segunda-feira, 3 de setembro, foi mais uma mostra de que não estamos para brincadeira.
Lucro simulado
Além de simular aumento real, os banqueiros escondem os lucros para não dividirem com os bancários. Ao longo de toda a nossa Campanha Salarial, eles disseminaram uma ideia de que o Brasil está em crise. Fizeram isso para poder aumentar o provisionamento. Isso nada mais é do que segurar dinheiro no cofre para garantir o pagamento de créditos duvidosos, a inadimplência do cartão de crédito.
Banco do Brasil, Banrisul, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander, juntos, aumentaram, em média, o provisionamento, segundo o Dieese, em 35%. Em 2012, foram R$ 39,4 bilhões retidos ante R$ 30,3 bilhões, em 2011. Os banqueiros estão dizendo que este aumento teve que ser feito por causa do crescimento da inadimplência nesses seis bancos. Mas sabe o quanto a inadimplência cresceu de 2011 para 2012? Nem 1%.
A inadimplência nos últimos 12 meses passou, em média, de 3,3% para 3,5%. Quer dizer, aumentou só 0,2%. E os banqueiros elevaram a retenção de dinheiro para 35%. A média do provisionamento do primeiro semestre é 175 vezes maior que a média do crescimento da inadimplência nos últimos 12 meses. Cadê a crise, seu banqueiro?
Executivos ganham
O crescimento dos lucros beneficiou os executivos dos cinco maiores bancos do país. Estes lucraram juntos R$ 25,2 bilhões.
Dados fornecidos pelas próprias instituições financeiras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelam que a remuneração média dos diretores estatutários de quatro dos maiores bancos (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander) em 2012 será 9,7% superior à do ano passado.
É aumento real de 4,17%. Oito vezes maior do que os reais 0,64% que eles propõem para aos bancários. Bancário também faz o lucro do banco. À custa de sua saúde e de sua força de trabalho. Não é só o alto executivo.
Pauta específica
Como se não bastassem os salamaleques contábeis, os banqueiros estão se negando a negociar às claras e a atender nossa pauta específica. Tinham garantido a palavra de que iriam implantar esta semana um projeto-piloto no Recife para conter os assaltos. O máximo que teria acontecido foi uma visita do presidente da Fenaban à capital pernambucana, noticiada pelo jornal Valor Econômico.
Os bancos, nas pautas específicas, alegam que não podem avançar. Que têm que esperar as diretrizes da Fenaban. Mas a Fenaban empacou. Os bancários precisam, com urgência, de respostas para investimento em segurança contra assaltos, no combate ao assédio moral, às metas abusivas, às questões relacionadas aos sistemas de saúde.
Pelo diálogo
Mesmo diante desses truques, os bancários dão o exemplo. Queremos manter o diálogo. Conforme orientação do Comando dos Bancários, a Contraf-CUT enviará carta nesta quarta-feira, 5 de setembro, à Fenaban, manifestando disposição para resolver o acordo na mesa de negociação. Também encaminhará ofícios aos bancos públicos, cobrando apresentação de propostas para as reivindicações específicas dos trabalhadores, e aos bancos privados, para reiterar a exigência de negociações sobre garantias de emprego.

SindBancários

Como os bancários e as bancárias já sabiam, a proposta de aumento de 6% dos banqueiros não passou de truque. Numa reunião que durou apenas meia hora, na terça-feira, 4 de setembro, a Fenaban decidiu deixar tudo como está. Os banqueiros empacaram na oferta de 0,64% de aumento real.

O índice não apenas é muito baixo como abaixo da média nacional que outras categorias fecharam no primeiro semestre do ano. Segundo o Dieese, 97% dos acordos coletivos fechados no Brasil, no primeiro semestre, ficaram acima da inflação. A média foi de 2,23% de aumento real. Segundo o Dieese, é o melhor resultado dos últimos 16 anos.

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