Nov 23, 2024

Próxima sexta é um passo rumo à greve geral

No RS o Ato está marcado para às 17h, na Esquina Democrática, em Porto Alegre. As assembleias realizadas com a categoria petroleira, até o momento, estão aprovando a paralisação de 24h.

Em diferentes encontros em Brasília, o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, falou a senadores e jornalistas sobre a construção da greve geral.

“Dia 10 é Dia Nacional De Mobilização, de luta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, de construção, de aquecimento para uma greve geral que ainda não tem data marcada. As bandeiras desse dia serão ‘Fora, Temer’ e ‘nenhum direito a menos’.

Como em outras mobilizações realizadas pela CUT e pelos movimentos sociais nos últimos meses, os trabalhadores podem atrasar a entrada, fazer assembleias, paralisar as atividades durante a manhã ou durante 24 horas, como a FUP (Federação Única dos Petroleiros) decidiu fazer e, no fim do dia, fazerem um grande ato em uma avenida ou praça pública das cidades.

A greve geral está sendo construída, mas só vai ocorrer quando o governo interino do vice-presidente interino Michel Temer encaminhar para o Congresso Nacional as medidas de retirada de direitos que vêm sendo anunciadas via imprensa. 

A CUT está construindo uma greve geral com suas bases para lutar contra retrocessos, retirada de direitos, como da previdência social, da educação, da saúde, a mudança no regime do pré-sal, como Michel Temer, o golpista interino vem anunciando", completou o presidente da CUT.

No RS o Ato está marcado para às 17h, na Esquina Democrática, em Porto Alegre. As assembleias realizadas com a categoria petroleira, até o momento, estão aprovando a paralisação de 24h.

Fonte: Sindipetro-RS com informações da CUT

 

Shell vem com tudo para cima do pré-sal

A gigante anglo-holandesa do setor de petróleo e gás, Shell, está vindo com tudo para o pré-sal. Depois de comprar a BG por 47 bilhões de libras (cerca de 70 bilhões de dólares) a empresa anunciou que irá abandonar seus negócios em até dez países. O plano é focar esforços em projetos de águas profundas no Brasil e Golfo do México.

A Shell comprou a BG depois que a empresa arrematou uma participação de 30% em blocos no campo de Lula, o mais produtivo do pré-sal brasileiro. A BG estava extraindo 200 mil barris por dia quando foi adquirida. O executivo que realizou a negociação pelo lado da BG foi Nelson Silva, mais novo consultor da Petrobras presidida por Pedro Parente.

O petróleo brasileiro da Shell já tem um ponto de saída privilegiado. Na última terça-feira (7), três novos terminais foram inaugurados no Porto do Açu, no norte fluminense. Um desses terminais, o T-Oil, permite a transferência de petróleo dos navios que atendem as plataformas - mais tecnológicos - para outros mais simples e maiores, de exportação.

Antes, as empresas precisavam ir até o Uruguai para realizar a transferência. O porto, idealizado por Eike Batista, soluciona um gargalo logístico histórico. Infelizmente, para benefício quase exclusivo de interesses estrangeiros.

O primeiro cliente do T-Oil no Porto de Açu é: a Shell. A empresa usará as instalações para escoar a produção dos projetos de pré-sal adquiridos com a compra da BG.

Enquanto empresas estrangeiras apostam alto (quase tudo) na viabilidade do pré-sal, a Petrobras abre mão da participação mínima obrigatória e apoia o projeto de lei de José Serra para alterar a lei de partilha.

O presidente da Petrobras do governo interino Temer, Pedro Parente, disse em seu discurso de posse que a regra “retira a liberdade de escolha da empresa, de somente participar na exploração e produção dos campos que atendam o seu melhor interesse, o que é imperdoável para uma empresa listada em Bolsa”.

Esta semana, o presidente Lula participou de ato público e alertou sobre os interesses estrangeiros que querem o controle do petróleo brasileiro. “Assim que o Brasil descobriu o pré-sal, os americanos criaram a 4ª frota naval para o Atlântico Sul”, lembrou.

Ele lamentou que o sonho de fazer do pré-sal o vetor do desenvolvimento nacional esteja ruindo em apenas um mês do governo Temer.

“Nós decidimos que o pré-sal seria o passaporte para o futuro deste país. Por isso, criamos o sistema de partilha, dizendo que o petróleo é do Estado e do povo brasileiro, investindo em educação e ciência e tecnologia, para tirar o atraso deste país”, disse. “Os interesses contra nós são muitos”.

Jornal GGN

Juízes do Paraná querem punir jornal que publicou seus salários

O Brasil chegou ao inacreditável.

Os integrantes das corporações judiciais, assim como estão fazendo alguns delegados da PF, se articulam para fazer a censura aos meios de comunicação pelo meio mais perverso: inviabilizando sua sobrevivência econômica.

Agora são os juízes do Paraná que investem sobre o jornal Gazeta do Povo, que noticia hoje ser “alvo de dezenas de ações judiciais movidas por juízes do Paraná, após a publicação de reportagens a respeito do “sobreteto” do judiciário estadual, citando vários exemplos de desrespeito ao teto do funcionalismo público, limitado aos valores dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal”.

Segundo o jornal, os juízes estão protocolando ações em todo o Paraná, como “retaliação à publicação da lista dos juízes e seus respectivos salários, muito embora sejam dados públicos disponíveis no site da Transparência, em obediência à Lei de Acesso à Informação”.

Diz que, receberam minutas de ações dentro da associação de classe  e “combinaram ingressar contra o jornal e os jornalistas em todo o Estado, no total de mais de trinta demandas de uma só vez, que parecem ter o objetivo de dificultar a defesa”.

Como no caso dos delegados da Polícia Federal que processam Marcelo Auler e, agora, Paulo Henrique Amorim (neste caso, segundo o jornalista, com ameaças de fazerem o mesmo, com centenas de ações espalhadas pelo país) não fazem acusação criminal, mas de dano moral. Neste caso, ao contrário do que acontece nas ações de calúnia e difamação, não existe o instituto da “exceção da verdade”, pelo qual o acusado falou apenas o que corresponde à realidade.

Há uma reclamação contra as ações dos juízes no Supremo, mas a ministra Rosa Weber recusou-a. Está em grau de recurso.

O monstro que Rui Barbosa descreveu como “a pior das ditaduras, a judicial” está em marcha batida.

Fonte: Tijolaço

Facebook