Nov 23, 2024

rabalhadores e aposentados ocupam sede do INSS no RS e exigem volta do Ministério da Previdência

A Frente Gaúcha em Defesa da Previdência Social ocupou às 7h15 desta segunda-feira (13) o prédio da Superintendência Regional do INSS, na Rua Jerônimo Coelho, no centro de Porto Alegre. O movimento exige a volta do Ministério da Previdência Social, extinto pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer, e nenhum direito a menos.

A Frente é integrada por trabalhadores e aposentados de várias categorias. “Estamos determinados a manter a ocupação até resolver o impasse”, afirma o sapateiro Antônio Guntzel.

“Emprestamos apoio a todo movimento social que objetive o retorno do Ministério da Previdência Social e nenhum direito previdenciário a menos”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Fonte: CUT

Estado brasileiro persegue organização sindical, diz delegado na OIT

Os trabalhadores brasileiros sofrem "sistemático ataque" à organização sindical por parte do Estado brasileiro, afirmou hoje (8) em seu discurso o delegado da representação sindical na 105ª Conferência Internacional do Trabalho, Sérgio Luiz Leite, o Serginho. Ele citou o Ministério Público do Trabalho e o Poder Judiciário, por sua atuação contra o sistema de financiamento das entidades. Também cita "práticas antissindicais das empresas com os interditos proibitórios para evitar a greve e a ação sindical, dispensa arbitrária de dirigentes sindicais, uma errada interpretação sobre atividades sindicais nas greves, entre outros mecanismos e manobras".

Primeiro-secretário da Força Sindical e dirigente do setor químico, Serginho lembrou que, devido a reclamações das centrais brasileiras na OIT, foi criado um grupo de trabalho, com governo e empresários, para tentar uma solução negociada. "Porém o diálogo não avançou e as organizações e estruturas sindicais continuam sendo duramente atacadas."

A situação política brasileira é citada no discurso, em tom de neutralidade, citando divisão de opiniões na sociedade brasileira e no movimento sindical. Mas acrescenta que as centrais "têm buscado a unidade de ação", destacando o documento Compromisso pelo Desenvolvimento, no qual, juntamente com entidades empresariais, propuseram ainda no ano passado mudanças na política econômica.

"Apesar desse quadro difícil e complexo de nosso país, o movimento sindical brasileiro e os trabalhadores(as) estão comprometidos com a unidade de ação sindical na defesa dos direitos e conquistas dos trabalhadores(as), a negociação coletiva e o diálogo social", afirma o dirigente no discurso, que faz referência ainda a uma pauta entregue ao governo interino pela "maioria das centrais sindicais".

Quatro das seis centrais reconhecidas formalmente negociam com o governo: CSB, Força, Nova Central e UGT. A CUT e a CTB recusam-se a sentar-se à mesa, por não reconhecer legitimidade no atual Executivo. As duas fizeram protestos durante o evento.

A bancada dos trabalhadores na delegação da OIT manifesta ainda apoio à reeleição do diretor-geral da organização, Guy Ryder.

Ainda segundo o documento, a globalização contribuiu para o avanço da ciência e da tecnologia, e também para o desenvolvimento econômico em muitos países. "Porém, também têm sido evidentes os efeitos colaterais do processo", acrescentando, citando crises "econômicas, climáticas, humanitárias e imigratórias", além do aumento do desemprego, guerras e pobreza.

Paralisação dos petroleiros do RS e do restante do país segue forte

Petroleiros de vários estados interromperam as atividades nesta sexta-feira, 10, em diversas unidades do Sistema Petrobrás. A paralisação de 24 horas convocada pela FUP foi aprovada em 12 dos 13 sindicatos filiados e teve início na quinta-feira, nos campos de produção terrestre do Ativo Norte da Bahia, que foram colocados à venda pela Petrobrás.

A greve da categoria é em defesa da soberania e da democracia e contra o desmonte da empresa, a entrega do Pré-Sal e os ataques aos direitos dos trabalhadores, que estão na agenda do governo golpista de Michel Temer e do presidente da Petrobrás, Pedro Parente.  

No final da noite de ontem e início da madrugada, os petroleiros iniciaram os cortes na rendição dos turnos das unidades operacionais no Paraná, Rio Grande do Sul, Norte Fluminense, Pernambuco, São Paulo, Duque de Caxias e Manaus. Pela manhã, somaram-se à paralisação trabalhadores das bases do Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Amazonas e bases administrativas.

Em Curitiba, petroleiros e trabalhadores de outras categorias ocuparam pela manhã o prédio administrativo da Petrobrás. Nas unidades operacionais da empresa no Paraná, a paralisação começou na madrugada, com corte na rendição dos turnos da Fafen, Repar, da Six e do Terminal de Paranaguá.

Em Santa Catarina, há paralisação parcial nos terminais de Itajaí e Guaramirim.

Na Refinaria Duque de Caxias, os trabalhadores montaram um acampamento, onde estão sendo realizadas diversas atividades e atos políticos em defesa da soberania e da democracia, com participação dos movimentos sociais. A paralisação tem adesão dos petroleiros do Terminal de Campos Elíseos e da Termoelétrica Governador Leonel Brizola.

Na Bacia de Campos, até o início da manhã, dez plataformas tinham aderido à paralisação, que teve início à zero hora, junto com o Terminal de Cabiúnas. 

Em Pernambuco, a paralisação começou na madrugada, com corte na rendição dos turnos do Terminal Aquaviário de Suape e da Refinaria Abreu e Lima, onde a adesão dos operadores é de 100%.

No Espírito Santo, os trabalhadores dos Terminais da Transpetro de Vitória e de Barra do Riacho aderiram à paralisação, assim como os petroleiros da Unidade de Tratamento de Gás (UTGSUL), das plataformas P-57 e P-58 e da sede administrativa da Petrobrás em Vitória (Edvit), onde o sindicato realiza pela manhã um ato contra o desmonte da empresa.

No Rio Grande do Sul, os trabalhadores da Refap cortaram a rendição do turno no início da madrugada e seguem na paralisação. No Unificado de São Paulo, oito bases começaram o movimento à zero hora, que prossegue ao longo do dia nas refinarias de Campinas (Replan) e Mauá (Recap), terminais da Transpetro e usinas termoelétricas.

No Amazonas, os trabalhadores da Refinaria de Manaus iniciaram a paralisação à zero hora e prosseguem ao longo do dia, junto com os petroleiros do Terminal da Transpetro de Solimões, que somaram-se à greve no início da manhã.

No Rio Grande do Norte, a paralisação começou na noite de quinta, nas áreas de produção do Campo do Rodrigues e na Termoelétrica. Pela manhã, os trabalhadores dos ativos de Mossoró, Pólo de Guamaré e das plataformas marítimas somaram-se à mobilização.

Fonte: FUP, com informações dos sindcatos

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