Nov 29, 2024

A cada 20 dias um trabalhador morre no Sistema Petrobrás

A morte de mais um companheiro do Sistema Petrobrás foi motivo de mobilizações da categoria petroleira em todo o país. O desprezo em relação à segurança de seus funcionários interrompeu a vida do jovem Antônio Rafael Santana, de apenas 26 anos, numa explosão na unidade deETDI na Reman, no último sábado, dia 16.  Com 75% do corpo queimado, Rafael não resistiu aos ferimentos e faleceu nessa quarta-feira (20).

As refinarias da Petrobrás adoecem, mutilam e matam. Desde 1995, 335 mortes ocorreram no Sistema Petrobrás, o que significa uma morte a cada 20 dias. Até quando a segurança não será tratada com prioridade e a vida dos trabalhadores estará em risco? Até quando a prioridade será o lucro acima de tudo? Até quando a política da empresa com seu PROCOP destruirão vidas?

Nesta sexta-feira, 22, os petroleiros da Refap, Reman, Regap, Reduc, Replan, Repar, Rlam e Rnest mandaram um recado para os gestores da empresa: CHEGA! Os trabalhadores das finarias atrasaram por duas horas a entrada dos turnos. Uma paralisação nacional, convocada pela FUP, já está marcada para o dia 02 de setembro, onde mais uma vez a categoria petroleira vai cruzar os braços e mostrar aos gestores que a paciência acabou.

 

 

Reunião sobre efetivos:

 

A reunião com a gerência da Refap, que estava marcada para início dessa sexta-feira, para tratar sobre os efetivos da Destilação e Hidrorrefino,foi cancelada devido as mobilizações. 

Refinarias da Petrobrás, adoecem, mutilam e MATAM! Até quando?

Em defesa da vida: paralisação de duas horas nesta sexta-feira na entrada de cada turno

 

 

A falta de segurança no Sistema Petrobrás fez mais uma vítima. Nesta última quarta-feira, 20 de agosto, o jovem operador Antônio Rafael Santana, de 26 anos, que teve 75% do corpo queimado, veio a falecer em Manaus. Ele foi vítima de uma explosão ocorrida na Reman na noite de sábado, 16. O operador iria fazer uma ronda nas instalações da refinaria e, ao tentar ligar o carro, o veículo explodiu. Informações preliminares deram conta de vazamento de gás, mas a informação só será confirmada com a comissão.

Em memória dele e de outras centenas de companheiros vítimas da insegurança na Petrobrás, a FUP e seus sindicatos convocam os petroleiros do Abast a participarem ativamente das mobilizações desta sexta-feira, 22, em todas as unidades de refino.

Haverá atrasos de duas horas nos turnos e neste período as direções sindicais discutirão com os trabalhadores a realização de uma mobilização mais contundente no próximo dia 02. Será uma resposta imediata da categoria à insegurança que aumentou consideravelmente no Abast, em função dos programas de reestruturação (PIDV, PLAFORT, MOBILIZA) que reduziram ainda mais os efetivos das unidades.

Portanto, o Sindipetro-RS convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras a cruzarem os braços nesta sexta-feira, na entrada de cada turno, a partir do zero hora, para pedir melhores condições de segurança e trabalho.

Os petroleiros precisam se posicionar e escolher de que lado estão: na luta por segurança junto com a FUP e seus sindicatos ou sendo conivente com os gestores que colocam em risco as nossas vidas, como fizeram com Antônio Rafael, que tinha apenas um ano e meio de empresa?

Morre operador vítima de explosão na Reman

O operador Antônio Rafael Santana, de 26 anos, vítima da explosão ocorrida na Refinaria de Manaus (Reman) no último sábado (16), veio a falecer na manhã desta quarta-feira, 25. Antonio Rafael Santana tinha 26 anos, era engenheiro civil, admitido como operador da Petrobrás na área de Urucu, mas trabalhava na refinaria, há quatro meses, na área de ETDI.

A explosão ocorreu às 22h50 de sábado, quando o trabalhador deu partida no carro, para fazer uma ronda na Unidade de Hidrotratamento da refinaria. Rafael teve 75% de queimaduras no corpo e, devido ao estado grave de saúde em que se encontrava, não pode ser transferido para o Hospital da Força Aérea do Rio de Janeiro. A Petrobrás ainda não confirmou, mas a causa do acidente pode ter sido um vazamento de gás na empresa.

A Refinaria de Manaus tem um histórico de acidentes graves envolvendo trabalhadores. Em dezembro de 2013, uma explosão feriu três operadores da Petrobrás de uma só vez. Em setembro de 2010, a técnica de operação, Renata Benigno, foi vítima de um grave acidente na refinaria e morreu após 10 dias de internação.

Seis acidentes em uma semana



No sábado (16), outro acidente aconteceu, mas na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), onde um operador da U-1530 realizava manobra de drenagem, quando foi atingido por mistura de MIBK/ÓLEO (produto com temperatura de 180o C). Ele sofreu irritações na face, pescoço e olhos. A Reduc registrou três acidentes na última terça-feira (12). Na U-2200, a vítima teve cortes na região do braço. Na Subestação elétrica, Sub-340, um trabalhador teve ferimentos no rosto. Já o último, na U-2500, um armador de andaime cortou o supercílio.

Na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão-SP, um operador teve cerca de 20% do corpo queimado nesta terça-feira (19), durante o procedimento de LIBRA (libragem). Ele estaria bloqueando uma válvula para a remoção de uma outra válvula de carga para o forno, a fim de iniciar a operação, quando uma mangueira sob pressão se soltou e causou os ferimentos. 

Até quando vamos ter que lutar por segurança no Sistema Petrobrás?

 

Com informações da FUP e portal A Crítica

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