Nov 23, 2024

Conquista: cai risco de privatizações previsto pelo estatuto das estatais

Após forte mobilização, alterações obtidas no Senado e, mais recentemente, na votação na Câmara, mudaram essência privatista do projeto.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou no início da madrugada de 15 de junho passado o PL 4918, chamado de Estatuto das Estatais ou Lei de Responsabilidade das Estatais. O projeto é oriundo do PLS 555, tem DNA tucano e motivou uma grande mobilização do movimento sindical, social e associativo, dando origem à criação do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas. Como teve seu texto modificado, volta agora para nova análise no Senado, mas, na avaliação das entidades que participam dessa luta, sua essência privatista foi derrubada.

“Mais uma vez tiramos leite de pedra. Assim como ocorreu na votação do Senado, procuramos o apoio dos parlamentares e construímos emendas para tornar o projeto menos nocivo aos trabalhadores e à sociedade brasileira. Não houve retrocessos no que já havia sido obtido e avançamos mais, excluindo do projeto o caráter privatista, o que é uma grande conquista”, avalia a coordenadora do comitê nacional, Maria Rita Serrano, que aponta como fator fundamental para esses avanços a grande união de entidades distintas, como centrais sindicais e sindicatos de várias categorias.

Esse empenho de entidades e trabalhadores também é apontado pelo presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. “Apesar do curto espaço de tempo promovemos grandes debates. Para nós, da Caixa, é uma vitória que não tenha que se tornar sociedade anônima e, para as estatais, de um modo geral, foram reduzidos os impactos negativos do projeto. Tudo isso é fruto dessa grande mobilização”, afirma. Nas ações na Câmara participaram representantes de diversas entidades, como Fenae, Anapar, CUT, Contraf-CUT, UGT, sindicatos dos bancários de Belo Horizonte e ABC, entre outras.

Os avanços obtidos na Câmara referendam alguns já obtidos no Senado, como a retirada da obrigatoriedade de as empresas se tornarem sociedades anônimas, fim da exigência de as empresas não terem mais ações preferenciais e a determinação de que o Estatuto das Estatais só será obrigatório para empresas que tenham mais de R$ 90 milhões de receita operacional bruta (o que deixa de fora a maioria das estatais, com menor porte). Também foi ampliado de 10 para 20 anos o prazo para que sejam colocadas à venda 25% das ações das empresas de sociedade mista.

No caso das restrições para participação nos conselhos das empresas, a determinação de que no mínimo 25% dos membros do conselho de administração das estatais sejam independentes foi reduzida para 20% e, dentro desses 20% devem estar os representantes dos trabalhadores e acionistas.

Mais debates - Entre os pontos negativos do PL 4918, na avaliação das entidades, está a inclusão pela Câmara da possibilidade de profissionais liberais ocuparem cargos nos conselhos, o que abre margem para a entrada de profissionais do mercado. Já a conquista de que os representantes sindicais ou de partidos poderão ser nomeados se deixarem as funções antes que isso ocorra, não sendo mais necessário o período de três anos de afastamento, também pode criar problemas para a representatividade se o conselheiro eleito pelos trabalhadores para o conselho for do movimento sindical. 

O Senado pode aprovar o texto da Câmara na íntegra ou parcialmente, ou ainda retomar o texto original que havia enviado, mas nada deverá ser adicionado. Outros projetos que ameaçam as empresas públicos prosseguem em apreciação no Congresso Nacional, exigindo novas mobilizações. Mais informações sobre o assunto acesse http://www.diganaoaopl4918.com.br/portal/diga-nao-ao-pl-4918/ e https://www.facebook.com/diganaoaopl4918/

PLP 268: a luta continua – A votação do PLP 268, que altera as regras dos fundos de pensão, foi adiada para a próxima terça-feira, 21 de junho. O embate será muito difícil, já que a intenção do governo golpista é aprova-lo na íntegra.

Entre os principais itens que ameaçam os fundos de pensão estão as seguintes exigências: diretoria executiva contratada no mercado; conselho deliberativo com seis membros (dois independentes, dois indicados pela empresa patrocinadora e dois eleitos pelos participantes e assistidos); conselho fiscal com seis membros (dois independentes, dois indicados pela empresa patrocinadora e dois eleitos); escolha de conselheiros independentes e diretores por “empresa especializada”.

Quadro

  • PL 4918: avanços na Câmara  (novos avanços e que referendam os já obtidos no Senado);
  • Retirada da obrigatoriedade de as empresas se tornarem sociedades anônimas;
  • Fim da exigência de as empresas não terem mais ações preferenciais; 
  • Representantes sindicais ou de partidos poderão ser nomeados se deixarem as funções antes que isso ocorra, não sendo mais necessário o período de três anos de afastamento (*);
  • Estatuto das estatais só será obrigatório para empresas que tenham mais de R$ 90 milhões de receita operacional bruta (o que deixa de fora a maioria das estatais, com menor porte); 
  • Ampliado de 10 para 20 anos o prazo para que sejam colocadas à venda 25% das ações das empresas de sociedade mista;
  • Redução de 25% para 20% dos membros do conselho de administração independentes e, dentro desses 20%, devem estar os representantes dos trabalhadores e acionistas;
  • (*) Apesar de positivo, item pode criar problemas para a representatividade se o conselheiro eleito pelos trabalhadores para o conselho for do movimento sindical.

Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

Petroleiros mobilizam Brasília em defesa do Pré-Sal e da Petrobrás

Petroleiros da FUP, FNP e Aepet realizaram nesta terça-feira, 14, em Brasília um ato político em defesa da Petrobrás e do Pré-Sal, com participação de trabalhadores da educação (CNTE) e do campo (MAB, MPA, MCP), de estudantes (UNE e UJS) e de outros movimentos sociais. A manifestação foi chamada pela Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, tendo como foco o enfrentamento ao Projeto de Lei 4567/16, que visa tirar da Petrobrás a função de operadora única do Pré-Sal, bem como acabar com a participação mínima de 30% que a empresa tem garantida nos processos licitatórios para exploração dessas reservas.

O ato seria realizado no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados Federais, mas a Presidência restringiu o acesso à Casa, devido à sessão da Comissão de Ética, realizada nesta terça-feira e que aprovou o relatório favorável à cassação de Eduardo Cunha.  Impedidos de entrar na Câmara, os petroleiros e movimentos sociais realizaram o ato do lado de fora, em frente ao Congresso Nacional e depois caminharam em direção ao Palácio do Itamaraty, onde protestaram contra José Serra, ministro interino das Relações Exteriores, autor da proposta que deu origem ao PL 4567/16. Em 2010, quando disputava a Presidência da República, Serra prometeu à Chevron acabar com o Regime de Partilha do Pré-Sal.

GOLPE MOVIDO A PETRÓLEO

Todos os deputados e senadores que participaram do ato foram unânimes em ressaltar que a disputa pelo petróleo brasileiro está no centro do golpe que levou ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff. “Eles já mostraram quais são os seus objetivos. É um ataque organizado contra um projeto soberano de desenvolvimento nacional , que implica em quebrar uma de suas peças estratégicas, que é a Petrobrás”, afirmou o deputado Davidson Magalhães, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, explicando que se o PL 4567/16 for aprovado será o primeiro passo para acabarem com o regime de partilha. “Isso significaria não termos mais o controle sobre a propriedade e o processo de produção do petróleo e do gás”, destacou.

A presidente do Sitramico-RJ, Lígia Arneiro Deslandes, falou sobre o processo em curso para venda da BR Distribuidora e da Liquigas, afirmando que a privatização irá estrangular a Petrobrás. “Como a Petrobrás vai botar nas ruas o que produz nas refinarias se vender a BR e a Liquigás? Não vai colocar, sabe por quê? Porque as distribuidoras multinacionais já compram lá fora e a BR, se for privatizada, vai fazer o mesmo”, alertou.

UNIDADE DE TODOS OS TRABALHADORES PARA IMPEDIR A ENTREGA DA PETROBRÁS E DO PRÉ-SAL

Arthur Ferrari, diretor da Aepet, declarou que tirar da Petrobrás a função de operadora única do Pré-Sal é “quebrar a espinha industrial do Brasil”. “O ministro das Minas e Energia já disse que o conteúdo local não serve para a Petrobrás. Esses caras estão tentando desmontar o país a toque de caixa, por isso só com a unidade da nossa categoria conseguiremos barrar os entreguistas”, afirmou.

Ivan Luís de Andrade, diretor da FNP, denunciou os interesses das nações imperialistas em torno do Pré-Sal, lembrando a imensa resistência que houve durante a aprovação do Regime de Partilha. “O objetivo do governo Temer é favorecer as petroleiras estrangeiras, como prometeu  José Serra à Chevron”, declarou.

Ao encerrar o ato, o coordenador da FUP, José Maria, ressaltou que a luta em defesa da Petrobrás e do Pré-Sal  deve ser de toda a sociedade brasileira. “Nossa resistência tem que ser maior a cada dia que passa. Nós petroleiros temos a obrigação de sermos ponta de lança nessa disputa, mas temos a clareza de que sozinhos a gente não ganha essa batalha. Se não houver um movimento como foi ´o petróleo é nosso`, eles vão sucatear a Petrobrás e levar o Pré-Sal”,  alertou. 

FUP

Hoje é o Dia Mundial do Doador de Sangue

Hoje é o dia Mundial do Doador de Sangue. Os hemocentros do nosso estado estão precisando de você. Não custa nada e você pode salvar uma vida. Colabore!

Veja os requisitos básicos para doação de sangue:


 Requisitos básicos

» Estar em boas condições de saúde.

» Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos

» Pesar no mínimo 50kg.

» Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).

» Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).

» Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).

Impedimentos temporários

» Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas.

» Gravidez

» 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.

» Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses).

» Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.

» Tatuagem / maquiagem definitiva nos últimos 12 meses.

» Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.

» Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são estados onde há alta prevalência de malária. Quem esteve nesses estados deve aguardar 12 meses.
» Qualquer exame endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc); se com biópsia, é necessário avaliação do resultado: por 6 meses a 01 ano.
» Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias.
» Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas.
» Acupuntura: se realizada com material descartável: 24 horas; se realizada com laser ou sementes: apto; se realizada com material sem condições de avaliação: aguardar 12 meses.
» Vacina contra gripe: por 48 horas.
» Herpes labial ou genital: apto após desaparecimento total das lesões.
» Herpes Zoster: apto após 6 meses da cura (vírus Varicella Zoster).

Impedimentos definitivos

» Hepatite após os 11 anos de idade. *

» Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas.

» Uso de drogas ilícitas injetáveis.

» Malária.

* Hepatite após o 11º aniversário: Recusa Definitiva; Hepatite B ou C após ou antes dos 10 anos: Recusa definitiva; Hepatite por Medicamento: apto após a cura e avaliado clinicamente; Hepatite viral (A): após os 11 anos de idade, se trouxer o exame do diagnóstico da doença, será avaliado pelo médico da triagem.

Respeitar os intervalos para doação

» Homens - 60 dias (máximo de 04 doações nos últimos 12 meses).

» Mulheres - 90 dias (máximo de 03 doações nos últimos 12 meses).

Honestidade também salva vidas.

Ao doar sangue, seja sincero na entrevista.

 

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